Barney Wilen, saxofonista conhecido por suas trilhas sonoras de jazz, gravou com alguns dos músicos de jazz mais destacados da época, incluindo Davis, Art Blakey, Dizzy Gillespie, Thelonious Monk, JJ Johnson, John Lewis e Bud Powell

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Barney Wilen, saxofonista conhecido por suas trilhas sonoras de jazz

Barney Wilen, foi um saxofonista francês que se apresentava regularmente com músicos de jazz americanos.

O Sr. Wilen ganhou destaque internacional em 1957 como acompanhante de Miles Davis na lendária sessão de gravação da trilha sonora de “Ascenseur pour l’Echafaud” (“Elevador para a forca”), o filme de Louis Malle. O Sr. Wilen foi um dos melhores músicos europeus de sua geração, tendo absorvido a interpretação de Sonny Rollins, Sonny Stitt (1924–1982), Charlie Parker e outros. Ele era um solista fluido e sem esforço que dominava o idioma americano e, quando os músicos americanos viajavam pela Europa, muitas vezes contratavam o Sr. Wilen para aumentar a linha de frente de suas bandas.

Ele tocou e gravou com alguns dos músicos de jazz mais destacados da época, incluindo Davis, Art Blakey, Dizzy Gillespie, Thelonious Monk, JJ Johnson, John Lewis e Bud Powell. Os músicos americanos se sentiram à vontade com ele, pois havia morado nos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial, voltando para a França em 1946.

Nos anos seguintes, o Sr. Wilen estudou saxofone e tocou em Nice com a banda de sua família. Em 1953, mudou-se para Paris, onde tocou em um clube chamado Tabou, com Jimmy Gorley, Bobby Jaspar e outros músicos de jazz parisienses. Em 1957, ganhou o Prêmio Django Reinhardt da Academia Francesa de Jazz e dois anos depois se apresentou no Festival de Jazz de Newport.

Wilen passou vários anos compondo trilhas sonoras, incluindo “Femmes Disparaissent”, “Jazz sur Seine” e “Un Temoin dans la Ville”, todas dirigidas por Edouard Molinaro. Nas duas décadas seguintes, Wilen entrou e saiu do mundo do jazz. Depois de experimentar a música indiana, Wilen se interessou pelo free jazz europeu e, em 1968, gravou o que hoje é um disco cult, “Dear Professor Leary”.

O Sr. Wilen sentiu-se atraído pela música contemporânea e passou vários meses na África no início dos anos 1970. Uma gravação, “Moshi”, de 1972, tratou de suas experiências africanas.

Na década de 1980, ele voltou à cena do jazz. O interesse reavivado pelo be-bop o levou a retornar às suas raízes musicais, e ele mais uma vez fez turnês e apresentações em shows.

Barney Wilen faleceu no sábado. Ele tinha 59 anos. A causa foi um câncer, informou a imprensa francesa.

(FONTE: https://www.nytimes.com/1996/05/29/arts – New York Times / ARTES/ Por Peter Watrous – 29 de maio de 1996)
Sobre o Arquivo
Esta é uma versão digitalizada de um artigo do arquivo impresso do The Times, antes do início da publicação online em 1996. Para preservar esses artigos como eles apareceram originalmente, o Times não os altera, edita ou atualiza.

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