Wilson das Neves, exímio frasista e um dos bateristas mais requisitados do país.

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Wilson das Neves, exímio frasista e um dos bateristas mais requisitados do país, segue com a mesma receita de quando iniciou sua carreira, no começo dos anos 1950: fazer música sem grandes invenções.

Aluno do maestro pernambucano Moacir Santos (1926-2006) e baterista da banda de Chico Buarque há mais de 30 anos –além de ter tocado com nomes como Caetano Veloso, Elis Regina, Clara Nunes, Elza Soares e Sarah Vaughan–, o músico mostra ser um privilegiado em seu disco recente.

O nome do álbum, o quarto de Das Neves como cantor, faz referência à expressão “ô, sorte” –institucionalizada por ele no meio do samba, quando se quer agradecer algo e se mostrar um privilegiado. A expressão surgiu nos anos 1970 em diálogo com o sambista Roberto Ribeiro (1940-1996).

“Com ele, essa história tinha eco. Ele morreu, e eu fiquei falando sozinho”, diz Das Neves, cria da escola de samba Império Serrano, do Rio

PARCEIRO DE SORTE

A “sorte” do artista é justificada não só pela quantidade mas também pela qualidade do time de parceiros e arranjadores do disco.

Entre os nomes com quem o sambista –que também integra a Orquestra Imperial– compôs para este disco estão Cláudio Jorge (violonista de Martinho da Vila e parceiro de Das Neves na faixa que batiza o novo álbum), Toninho Geraes e Vitor Bezerra.

Wilson das Neves também assina parcerias com compositores que dispensam apresentações no universo do samba, como Nelson Sargento, Délcio Carvalho e Luiz Carlos da Vila.

Ainda completam o time Paulo César Pinheiro –parceiro mais constante dele, com quem assina seis faixas– e Chico Buarque.

Assim como a variação de parceiros, a diversidade de arranjadores volta a aparecer em um álbum de Das Neves.

Além de Luiz Cláudio Ramos, Cláudio Jorge, Jorge Helder, João Rebouças e Zé Luiz Maia –que já tinham trabalhado com o sambista em seus discos anteriores–, assinam arranjos Bia Paes Leme e Vittor Santos.

“Se pudesse, eu ainda faria com mais pessoas. Todos querem fazer arranjos para mim. Não gosto das coisas padronizadas”, diz o músico.

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2013/06/1296025- LUCAS NOBILE DE SÃO PAULO – 17/06/2013)

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