Teo Macero, um dos maiores produtores da história do jazz

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Teo Macero, um dos maiores produtores da história do jazz

Ele trabalhou em vários discos clássicos de Miles Davis e Dave Brubeck.

Foi o lendário produtor fonográfico de Davis

Teo Macero

Teo Macero

Teo Macero (Glens Falls, Nova York, 30 de outubro de 1925 – Riverhead, Nova York, 19 de fevereiro de 2008), foi um dos produtores fonográfico mais importantes do jazz, responsáveis por obras clássicas como “Kind of blue” e “Bitches brew”, de Miles Davis, e “Time out” (1959), de Dave Brubeck e Monk’s Dream (1963), primeiro disco do pianista Thelonious Monk para a Columbia, gravadora para a qual trabalhou como produtor de 1957 a 1975.

A ousadia sempre foi uma marca de Macero

O legado de Macero é de importância fundamental para o jazz. Além da coragem de enfrentar os ortodoxos com os discos “eletrônicos” de Davis, esse ingresso do trompetista no universo pop influenciou toda uma geração de músico nos anos 1970 e 1980 (Talking Heads e U2, entre outros).

Ele produziu um dos discos mais notáveis e também o mais vendido de toda a história do jazz, Kind of blue (1959), do trompetista Miles Davis (1926-1991). Ao lado do músico, realizou registros históricos – o disco Britches Brew (1969), entre eles – que mudaram não só o rumo da carreira de Miles Davis como do próprio jazz, além de criar a fusion (mistura de gêneros que combina jazz, música eletrônica e rock).

Macero trabalhou em uma série de discos fundamentais de Miles Davis, acompanhando a transição para a chamada “fase elétrica” do trompetista. O produtor era adepto de técnicas que envolviam efeitos eletrônicos e edições, algo que era incomum no mundo do jazz até então.

Após ter produzido discos para instrumentistas como Thelonious Monk e Charlie Mingus e cantores como Ella Fitzgerald, Macero foi atraído para o cinema. Compôs trilhas e produziu a do filme A Primeira Noite de um Homem (1967) para o compositor Dave Grusin e a dupla Simon e Garfunkel.

Atuou também como saxofonista e compositor. Outros artistas que trabalharam como Macero foram J. J. Johnson, Thelonious Monk, Vernon Reid, e Robert Palmer. A revista “Jazz Times” disse que “Teo era para Miles Davis o que George Martin era para os Beatles”.

O talento inovador de Macero também atraiu músicos fora do círculo jazzístico, interessados em aprender mixagem de som numa época pré-digital e engatinhando no som estereofônico. Ele os ensinou a usar os recursos da eletrônica, transmitidos ao produtor ( e também saxofonista) pelo compositor Edgard Varèse (1883-1965).

Um documentário sobre o produtor, “Play that, Teo”, dirigido por Olana Digirolamo, filha de um amigo de Macero, foi lançado em 2008.

Teo Macero morreu em Riverhead, Nova York, dia 19 de fevereiro de 2008, aos 82 anos.

(Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Musica/0,,MUL310197-7085,00- MÚSICA – JAZZ – Do G1, em São Paulo – 22/02/08)

(Fonte: http://vida-estilo.estadao.com.br/noticias/geral – 129201 – VIDA & ESTILO/ Por Antonio Gonçalves Filho – O ESTADÃO DE S.PAULO – 23 Fevereiro 2008)

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