Mulher transgênero é eleita pela primeira vez para o legislativo dos EUA

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Pela primeira vez, mulher transgênero é eleita para o legislativo dos EUA

 

A mulher transgênero Danica Roem disputou o cargo no legislativo com o conservador Bob Marshall e acabou vencendo com 54% dos votos

 

Uma eleição dos Estados Unidos (EUA) deu mais um passo para a inclusão. Pela primeira vez no país, uma mulher transgênero foi eleita para um cargo legislativo. Na terça-feira (7), a democrata Danica Roem foi escolhida representante da Assembleia Legislativa do estado da Virgínia – cargo semelhante ao de deputado estadual no Brasil.

 

A mulher transgênero Danica Roem venceu as eleições com 54% dos votos (Reprodução/Facebook/Danica Roem for Delegate)

 

 

Com 33 anos, Danica disputou o cargo com o conservador Bob Marshall e acabou vencendo com 54% dos votos. Ele defendeu, como primeira plataforma, melhorias no tráfego urbano e procurou deixar o debate sobre a transsexulidade como tema secundário. Apesar disso, a campanha no estado acabou polarizada sobre o debate dos direitos de homossexuais e transsexuais em que Marshall não se referia a Danica como mulher transgênero,  e sim como homem, seguindo a identidade biológica da ex-jornalista.

 

 

 

O republicano Bob Marshall, de 73 anos, é um político experiente, conservador que luta contra o movimento pela igualdade de gênero defendida pela rival. Durante a sua campanha política, Marshall não quis participar de debates com Danica e acabou perdendo o cargo que ocupava há 26 anos representando o 13º Distrito do estado.

 

Campanha e vitória

 

 

Danica, que começou sua transição de gênero há quatro anos, fez ampla campanha em cada distrito do estado e obteve cerca de US$ 500 mil em doações de seus apoiadores. Ela lidera um movimento por mais representantes transgêneros na política americana e dedicou a sua vitória “a cada pessoa que já foi apontada, julgada ou estigmatizada”.

 

 

“Eu tenho ideias de como lidar com problemas de políticas públicas. Eu tenho ideias do que nós podemos fazer para melhorar nossa infraestrutura porque eu acredito em melhorar a nossa infraestrutura ao invés de tentarmos acabar uns com os outros”, disse a mulher transgênero no discurso de vitória. “Quando as propagandas negativas começaram a sair atacando crianças transgêneros, nós continuamos com a nossa mensagem sobre a 28 [a principal rodovia do local]”.

 

(Fonte: http://igay.ig.com.br/2017-11-08 – iGay / Por iG São Paulo * 

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