Powered by Rock ConvertEfetivamente, foi um dos nomes mais populares que a literatura americana já produziu
Mickey Spillane, escritor à prova de crítica dos romances de Pulpy Mike Hammer
Mickey Spillane, veterano do romance policial (Crédito da fotografia: Cortesia © Domínio Público/DIREITOS RESERVADOS)
Mickey Spillane, veterano do romance policial
Mickey Spillane (Brooklyn, Nova York, 9 de março de 1918 – Carolina do Sul, 17 de julho de 2006), autor americano de romances policiais, que criou o detetive particular durão Mike Hammer.
Spillane, o criador de Mike Hammer, o heróico, mas sádico detetive particular que abriu caminho através de alguns dos romances mais violentos dos anos 1940 e 50, foi desprezado por muitos críticos por suas tramas simples, sua confiança em coincidências improváveis e uma compreensão simplista da lei.
Spillane escreveu seu primeiro romance, Eu, o Júri, em 1946. Mais de 20 livros se seguiram, inclusive 12 com o personagem Mike Hammer.
Spillane, no entanto, alcançou sucesso instantâneo com seu primeiro romance, “Eu, o Júri”, publicado em 1947. Ele consolidou sua popularidade anos seguintes com livros como “Vengeance Is Mine”, “My Gun Is Quick”, “The Big Kill” e “Kiss Me, Deadly”, que se tornou o melhor dos vários filmes baseados em seus livros, em 1955, com Ralph Meeker como Mike Hammer.
À medida que os livros continuaram chegando, alguns críticos suavizaram em relação a ele. O Times Literary Supplement de Londres descreveu seu romance de 1961, “The Deep”, como “desagradável”, mas, no entanto, exibindo “um domínio narrativo genuíno”.
Desde 1947 ele vendeu, em mais de 20 países, cerca de 120 milhões de exemplares de dezenas de títulos. Ao longo das décadas sua produção adquiriu, uma certa identificação com os modernos policiais de Hollywood em que os heróis são muitas vezes anti-heróis e os bandidos, frequentemente, mais encantadores que os mocinhos.
O Beijo Mortal, lançado nos Estados Unidos em 1952, é considerado uma das obras mais representativas do estilo de Spillane. O escritor policial americano de best-sellers, de livros de grande aceitação popular, mas que não encontram receptividade entre os críticos mais severos, é um exímio contador de histórias.
O autor, que antes de se dedicar à literatura escreveu roteiros para histórias em quadrinhos como Capitão Marvel e Os Sobrinhos do Capitão, além de atuar como trapezista e homem-canhão no circo, é certamente um escritor maldito no romance policial – ninguém arriscaria incluí-lo entre os mestres.
Entre os mais conhecidos estão The Killing Man, Vengeance is Mine, e My Gun is Quick. O seu romance, Kiss Me Deadly, foi transformado em um clássico do gênero filme noir em 1955, o longa A Morte num Beijo.
Frank Morrison Spillane, mais conhecido como Mickey Spillane, nasceu na cidade de Nova York, em 1918, e foi escritor de revistas de ficção baratas (“pulp magazines”), tiras cômicas e ator de circo, mas tornou-se famoso com o personagem “Mike Hammer”, detetive protagonista de romances policiais recheados de violência e sexo.
Em 1947, ele escreveu o primeiro romance protagonizado por Hammer, I, the Jury, que obteve sucesso imediato e vendeu milhões de cópias. Spillane também escreveu séries de TV estreladas pelo personagem.
Spillane referiu-se ao seu próprio material como “o chiclete da literatura americana” e riu dos críticos. “Não estou escrevendo para os críticos”, disse ele. “Estou escrevendo para o público.” Ele é descrito como um “escritor de dinheiro”, no sentido de que “escrevo quando preciso de dinheiro”.
“Não tenho fãs”, disse ele a um entrevistador. “Você sabe o que eu tenho? Clientes. E os clientes são seus amigos.”
Seus clientes permaneceram leais mesmo depois que o personagem Hammer se tornou muito imitado gerações e posteriores de escritores pulp produziram livros ainda mais violentos do que os de Spillane.
A mãe do Sr. Spillane era presbiteriana e seu pai católico; quando estava se firmando como escritor de ficção, Spillane gostava de dizer que foi “batizado em duas igrejas e nenhuma delas”. Mas em 1951, ele se tornou Testemunha de Jeová e convenceu sua mãe e sua primeira esposa a se converter. Em vez de escrever, ele passou a maior parte do tempo indo de porta em porta, divulgando a mensagem da Bíblia. Ele não escreveu nenhum livro de 1952 a 1961, e os que escreveu depois, segundo alguns fãs, careciam do sadismo clássico dos cinco primeiros, nos quais um total de 48 pessoas foram mortas.
Spillane discordou daqueles que reclamaram que seus livros tinham muito sexo. Como poderia haver sexo, ele perguntou, quando tantas mulheres foram baleadas? Ele observou o papel notável que as mulheres desempenharam entre suas vítimas: Mary (abandonada), Anne L. (afogada em uma banheira), Lola (esfaqueada mortalmente), Ethel (chicoteada antes de ser baleada), Marsha (baleada) e Ellen ( como Mary, dado o heave-ho).
E então havia Velda, a loira, linda e paciente companheira de Mike Hammer em vários romances. Hammer não avançou em sua direção e tudo o que ela conseguiu foi ser baleada, agredida, pendurada nua e chicoteada.
Em “I, the Jury”, Hammer ficou tão zangado com uma psiquiatra que atirou em seu estômago “totalmente nu”. (“Totalmente nu” era uma frase que o Sr. Spillane gostava bastante.) Ao morrer, ela perguntou: “Mike, como você pôde?” Ao que Hammer respondeu: “Foi fácil.”
A Saturday Review of Literature resumiu o livro como “ação sinistra, personagens sinistros, enredo sinistro, sinistro final”. Anthony Boucher, revisando-o para o The New York Times, chamou-o de “um livro espetacularmente ruim”. Mas teve vendas enormes e convenceu Spillane de que ele poderia ganhar a vida como escritor. Ele comprou um terreno perto de Newburgh, NY, 60 milhas ao norte da cidade de Nova York, esperava uma casa de blocos de concreto lá e começou a produzir sua marca especial de carnificina. Um bandido foi morto a tiros por um bebê de um ano e, em outro livro, Mike Hammer feriu um malfeitor com força suficiente para que ele pudesse vê-lo queimar até a morte.
Frank Morrison Spillane nasceu em 9 de março de 1918, no Brooklyn, filho de John J. e Catherine A. Spillane; Mickey era um apelido para seu nome de batismo, Michael. Ele foi educado em escolas no Brooklyn e em Elizabeth, NJ, e se formou na Erasmus Hall High School no Brooklyn em 1935. Durante seus anos de escola, ele entretinha amigos contando-lhes suas próprias histórias de fantasmas. Ele frequentou o que hoje é chamado de Fort Hays State University em Hays, Kansas, sem se formar.
Durante a década de 1930, ele trabalhou como salva-vidas em Breezy Point, Queens; durante a temporada de Natal de 1940, ele vendeu gravatas de $ 1 na loja de departamentos Gimbels. Lá ele conheceu Joe Gill, outro morador do Brooklyn, cujo irmão, Ray, era editor da Funnies Inc., uma produtora de histórias em quadrinhos no centro de Manhattan. O Sr. Spillane convenceu Ray de que ele poderia escrever histórias em quadrinhos.
No dia seguinte ao ataque a Pearl Harbor, Spillane se alistou nas Forças Aéreas do Exército dos Estados Unidos e se tornou piloto de caça. Para sua consternação, ele estava estacionado na Flórida e no Mississippi durante a guerra, treinando outros para serem pilotos de caça. Após a guerra, ele voltou para a Funnies Inc., mas logo se podesou escrever histórias em quadrinhos e se voltou para os romances.
Além de suas histórias de detetive, ele escreveu dois livros infantis não violentos e bem recebidos, “The Day the Sea Rolled Back” (1979), que ganhou um prêmio do Junior Literary Guild, e “The Ship That Never Was” (1982) .
Entre seus outros romances estavam “The Long Wait” (1951), “The Girl Hunters” (1962), “Day of the Guns” (1964), “The Death Dealers” (1965), “The Twisted Thing” (1966) . e “Amantes do Corpo” (1967). Ele também escreveu um roteiro baseado em “The Girl Hunters”, produzido pela Colorama Features em 1963.
O herói mais famoso do Sr. Spillane se tornou o protagonista de duas séries de televisão de sucesso. O primeiro, “Mike Hammer”, com Darren McGavin (1922-2006), foi exibido de 1956 a 1959. “Mickey Spillane’s Mike Hammer”, com Stacy Keach, exibido de 1984 a 1987. Keach também estrelou em “Mike Hammer, Private Eye”, de 1997 um 1998.
O Sr. Spillane também atuou; ele interpretou Mike Hammer e outros papéis e paródias de “detetive durão” na televisão e no cinema. Ele também apareceu em mais de 100 comerciais de cerveja Miller Lite.
As obras de Spillane são marcadas pelo sexo e violência.
Quadrinhos
Spillane nasceu no Brooklyn, em Nova York, em março de 1918, e começou a carreira como autor de estórias em quadrinhos.
O autor, cujo verdadeiro nome era Frank Morrison Spillane, tornou-se testemunha de Jeová em meados da década de 50.
Entre os críticos de Spillane estavam outros escritores, como Raymond Chandler, que qualificou o seu trabalho como “nada além de uma mistura de violência e pornografia”.
“O fato é que se consome mais amendoim salgado do que caviar”, disse Spillane em relação aos seus críticos.
Mickey Spillane faleceu em 17 de julho de 2006, na sua casa no Estado americano da Carolina do Sul, em Murrells Inlet, comunidade localizada ao sul do balneário de Myrtle Beach, onde o escritor morava desde a década de 50, aos 88 anos de idade.
Os casamentos de Spillane com Mary Ann Pearce e Sherri Malinou terminaram em divórcio. Ele se casou com Jane Rodgers Johnson em 1983. Seus filhos, todos com sua primeira esposa, foram Kathy, Mark, Mike e Carolyn; ele também teve dois enteados de seu terceiro casamento, Britt e Lisa.
(Crédito: https://www.nytimes.com/2006/07/18/arts – The New York Times/ ARTES/ por Ricardo Severo – 18 de julho de 2006)
© 2006 The New York Times Company
(Fonte: Veja, 9 de março de 1988 – ANO 20 – Nº 10 – Edição 1018 – Livros/ Por Fabio Altman – Pág: 111)
(Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/internacional/2006/07/18 – ÚLTIMAS NOTÍCIAS – INTERNACIONAL – da BBC, em Londres – 18/07/2006)
(Fonte: http://diversao.terra.com.br/gente/noticias – DIVERSÃO – GENTE – 17 de julho de 2006)
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