Cantor era chamado de “neblina aveludada”
Mel Tormé, o “Ello Fitzgerald”
Mel Tormé (Chicago, Illinois, 13 de setembro de 1925 – Los Angeles, Califórnia, 5 de junho de 1999), músico norte-americano
Compositor, arranjador, produtor, pianista, baterista, ator e escritor, todas essas coisas, mas sobretudo cantor (considerado um dos mais completos de todos os tempos).
Tormé tinha 69 anos de carreira. Começou aos 4, cantando “You’re Driving Me Crazy” com a Coon-Sanders Orchestra em um restaurante de Chicago, onde nasceu.
Não precisou de muita cantoria até que ganhasse o apelido que lhe perseguiu durante toda a vida: “velvet fog”. Tormé não cansou de declarar em entrevistas que não gostava de ser chamado de “neblina aveludada”, uma alusão clara à maciez de seu canto.
A mesma hostilidade ele não apresentava quando comparavam seu estilo ao de Ella Fitzgerald. Ella, entre as mulheres, e ele, entre os homens, foram os dois grande mestres do “scat singing”, o canto improvisado.
Como compositor, Tormé não apresentou a mesma regularidade. Escreveu mais de 300 canções, mas poucas se tornaram standards (como fizeram “Born to Be Blue” e “Christmas Song”, imortalizada por Nat King Cole em 1946).
Mel Tormé atingiu o pico de sua carreira aos 70 anos. Só a partir daí, com a voz mais firme que nunca, passou a ser reconhecido como lenda.
Mel Tormé faleceu em 5 de junho de 1999, aos 73 anos, quando era levado de sua casa, em Beverly Hills, ao hospital da Universidade da Califórnia, em Los Angeles.
(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq08069919 – FOLHA DE S.PAULO – ILUSTRADA – CASSIANO ELEK MACHADO da Reportagem Local – PERSONALIDADE – 08 de Junho de 1999)