Josh Greenberg, foi um dos fundadores do site norte-americano Grooveshark

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Site chegou a ter 20 milhões de usuários, mas foi desativado após ação.

Josh Greenberg, um dos fundadores do Grooveshark. (Foto: Reprodução/Twitter/ JoshGreenberg)

Josh Greenberg, um dos fundadores do Grooveshark. (Foto: Reprodução/Twitter/
JoshGreenberg)

Josh Greenberg, jovem programador, foi um dos fundadores do site norte-americano Grooveshark

Josh Greenberg fundou o Groovershark com apenas 19 anos, enquanto cursava o primeiro ano da Universidade de Flórida. O site foi feito em parceria com Sam Tarantino e, em seu auge, teve mais de 40 milhões de usuários por mês.

O Grooveshark, criado quando Josh tinha 19 anos, foi um dos serviços de música mais populares do mundo. Mas o site foi desativado em abril de 2015, após uma ação judicial por direitos autorais.

 

Processos

Os primeiros processos contra o Grooveshark foram de autoria da Universal Music Group — a gravadora acusava o site de supostamente fazer upload ilegal de músicas dela. Na época, a Universal pedia US$ 150.000 por cada música da gravadora no site: 1.971, segundo a própria gravadora.

Pouco depois, Sony Music e Warner Music Group se juntaram à Universal e em 2012, a EMI, a única gravadora que mantinha um acordo com o Grooveshark, também resolveu processá-lo, alegando que a Escape Media Group Inc., dona do site de streaming, quebrou o contrato firmado em 2009, dizendo que “não fez um pagamento sequer de royalties à EMI, nem forneceu qualquer demonstração contábil”, segundo informações do New York Times.

Em 2013, o Google deixou de sugerir o Grooveshark nas buscar automáticas — ele continuava a aparecer nas buscas, mas não no preenchimento automático (ou autocomplete) por estar associado diretamente à pirataria. Como disse o Google no período:

Nossos algoritmos impedem que termos altamente associados à pirataria apareçam no Preenchimento Automático (Autocomplete). Perceba que isso não afeta os resultados da pesquisa, mas apenas a função de Preenchimento Automático – nós não estamos removendo nada dos resultados da pesquisa ou bloqueando buscas por determinados termos.

Ainda em 2013, o Grooveshark tentou um acordo com as gravadoras, e queria se tornar o “YouTube da música” — funcionaria mais ou menos como o site de vídeos: os arquivos continuariam a ser enviados por usuários públicos, mas todo conteúdo protegido por direitos autorais alertaria o Grooveshark para removê-lo.

Não funcionou muito bem e, em abril deste ano o Grooveshark era acusado de violar o direito autoral de mais de 5.000 músicas. O juiz Thomas Griesa, responsável pelo caso, pretendia punir a Escape Media Group Inc. em US$ 150.000 por canção violada, o que culminaria nos US$ 736 milhões. O juiz tinha em mãos provas que os donos do Grooveshark agiam de má fé: e-mails pedindo aos funcionários do site que subissem o maior número de músicas possível no Grooveshark, tornando-o popular, independente dos riscos jurídicos. Veja parte do e-mail:

“Por favor, compartilhe o mais número de músicas possível quando estiver fora do escritório, e deixe seus computadores ligados sempre que puderem [….] Este conteúdo inicial é o que vai nos ajudar a iniciar a rede — é muito importante que todos ajudem”

Josh Greenberg e Sam Tarantino pretendiam diminuir o valor da multa argumentando que tentaram negociar acordos de licenciamento com as gravadoras desde 2007. Não foi o suficiente, e em 30 de abril o site foi encerrado. Para se livrar dos processos (e da multa) o Grooveshark precisou encerrar as operações, entregando o site, apps móveis, patentes e direitos autorais para as gravadoras que os processavam. Quem visita o site desde a data de encerramento é recebido com uma carta de despedida:

Caros fãs da música,

Hoje estamos fechando o Grooveshark.

Nós começamos há quase dez anos com o objetivo de ajudar os fãs a compartilhar e descobrir música. Mas, apesar das melhores intenções, nós cometemos erros muito graves. Nós não conseguimos garantir o licenciamento de titulares de direitos autorais para grande quantidade das músicas no serviço.

Isso foi errado. Pedimos desculpas. Sem ressalvas.

 

Grooveshark desativado

 
Os três criadores do Grooveshark (Josh Greenberg, Andrés Barreto e Sam Tarantino) desativaram o serviço de transmissão digital de músicas em abril de 2015. Segundo uma nota publicada no site, a ação aconteceu por causa de um acordo estabelecido durante um processo movido pelas grandes gravadoras americanas.

O Grooveshark era alvo de um processo por violação de direitos autorais que poderia condenar a empresa a pagar até US$ 736 milhões (mais de R$ 2,2 bilhões). O valor seria estabelecido pelo pagamento de US$ 150 mil por cada uma das mais de 4 mil músicas oferecidas de forma considerada ilegal no site. Segundo a própria empresa, o serviço chegou a ter mais de 20 milhões de usuários, compartilhando cerca de 15 milhões de músicas.

“Nós começamos há quase 10 anos com o objetivo de ajudar os fãs a compartilhar e descobrir música. Mas apesar das nossas melhores intenções, cometemos erros muito sérios”, publicaram os responsáveis pelo Grooveshark, em nota. “Falhamos em obter licenças de quem é dono dos direitos de grande parte da música no serviço. Isso foi errado. Nós nos desculpamos. Sem reservas.”

Greenberg, de 28 anos, foi encontrado morto em 19 de julho de 2015, em Gainesville, na Florida, onde Josh morava.

Ele foi achado morto em sua cama pela namorada, que tinha passado o final de semana fora de casa. Não havia sinal de violência ou suicídio, de acordo com a polícia. E que também não havia indício de uso de drogas.

A mãe de Josh, Lori Greenberg, disse que o filho estava aparentemente saudável e “animado com novos projetos que ele estava iniciando”, e que ela ficou “perplexa” com a notícia.

(Fonte: http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2015/07 – TECNOLOGIA E GAMES – Do G1, em São Paulo – 20/07/2015)

(Fonte: http://gizmodo.uol.com.br –  STREAMING/ Por: Renan Lopes – 20/07/2015)

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