José J. Veiga, expoente do famoso estilo literário nascido na América Latina

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Foi um dos maiores representantes do realismo fantástico brasileiro

 

Textos singulares

 

José J. Veiga: expoente do realismo fantástico

 

Quando estreou na literatura, no final da década de 50, o escritor goiano José J. Veiga (Corumbá de Goiás (GO), 2 de fevereiro de 1915 -– Rio de Janeiro (RJ), 19 de setembro de 1999), tinha uma só ambição: criar obras que não fossem “mera repercussão do que os outros faziam”. Missão cumprida.

 

Deixou textos de grande singularidade, que promovem um perturbador casamento entre o absurdo e o real e merecem lugar de honra na ficção brasileira recente. Para alguns, Veiga foi até um expoente do “realismo mágico”, o mais famoso estilo literário nascido na América Latina nesta metade de século. Entre suas obras mais conhecidas estão Os Cavalinhos de Platiplanto, seu primeiro livro, e A Hora dos Ruminantes, romance em que uma cidade é invadida por forasteiros e depois por centenas de bois.

 

Nascido no interior de Goiás, ele mudou-se para o Rio de Janeiro aos 20 anos para trabalhar em jornalismo. Só estrearia em literatura aos 44, para aclamação geral da crítica, com Os Cavalinhos de Platiplanto, pelo qual recebeu o prêmio Fábio Prado de 1960 da Academia Brasileira de Letras. Seguiram-se mais 11 livros, entre eles A Hora dos Ruminantes e Os Pecados da Tribo.

 

Outros dez livros se seguiram a esses, culminando com o lançamento, no ano passado, de Objetos Turbulentos. Os títulos pertencem ao catálogo da editora Bertrand Brasil.

 

Considerado um dos maiores representantes brasileiros do chamado realismo fantástico, Veiga foi também chefe da editora da Fundação Getúlio Vargas.

 

Entre as obras mais conhecidas do escritor, estão “A Hora dos Ruminantes”, “Os Pecados da Tribo” e “Os Cavalinhos de Platiplanto”. Por esta última, o escritor recebeu o Prêmio Fábio Prado de literatura, oferecido pela Câmara Brasileira do Livro, no início da década de 60. Em 1997, a Academia Brasileira de Letras entregou ao escritor o Prêmio Ficção.

 

Veiga morreu no dia 19 de setembro de 1999, aos 84 anos, vítima de câncer no pâncreas e anemia, no hospital Rio-Mar, na Barra da Tijuca (zona oeste), Rio de Janeiro.

Ele foi internado no setor de emergência do hospital na noite de sexta. Além do câncer, Veiga apresentou problemas de anemia, outra das causas de sua morte.

 

Para o acadêmico e crítico literário Antonio Olinto, que conheceu Veiga na década de 50, o amigo era “dono de um talento literário mágico, pela simplicidade com que escrevia”.

“O mágico às vezes se torna barroco, gótico, mas ele conseguia ser simples e mágico. Era mais surrealista do que infantil”, definiu Olinto.

O acadêmico lembra que conheceu Veiga na década de 50, quando escrevia uma coluna de críticas literárias para um jornal carioca. “Escrevi um artigo elogiando “Os Cavalinhos de Platiplanto”. Tempos depois ele me confessou que, depois da publicação do livro, havia ficado duas semanas trancado em casa, com vergonha de tê-lo lançado. Além de tudo, era muito modesto”, disse Olinto.

(Fonte: Veja, 29 de setembro de 1999 – ANO 32 – Nº 39 – Edição 1617 – DATAS – Pág; 106)

(Fonte: http://www.terra.com.br/istoegente/08/tributo – TRIBUTO – 27 de setembro de 1999)

(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada – FOLHA DE S.PAULO / ILUSTRADA / LITERATURA / Por LETÍCIA KFURI da Sucursal do Rio – São Paulo, 21 de Setembro de 1999)

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Foi um escritor brasileiro. Foi também considerado um dos autores de maior importância da língua portuguesa do realismo fantástico.
Aos 44 anos de idade, entrou para a literatura, com um livro que ganhou o prêmio Fábio Prado, no ano de 1959 (Os Cavalinhos de Platiplanto, possuindo assim 12 contos).

Obras:

Os Cavalinhos de Platiplanto (1959) A hora dos Ruminantes (1966) A Máquina Extraviada (1967) Sombra de Reis Barbudos (1972) Os Pecados da Tribo (1976) O Professor Burim e as Quatro Calamidades (1978) De Jogos e Festas (1980) Aquele Mundo de Vasabarros (1982) Torvelinho Dia e Noite (1985) A Casca da Serpente (1989) Os melhores contos de J. J. Veiga (1989) O Risonho Cavalo do Príncipe (1993) O Relógio Belizário (1995) Tajá e Sua Gente (1997) Objetos Turbulentos (1997).

(Fonte: www.colegioweb.com.br)

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