Jean-Marie Le Pen, líder histórico da extrema-direita francesa, fundador da Frente Nacional

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Ex-líder da extrema direita, fundador da Frente Nacional

Jean-Marie Le Pen, líder histórico da extrema-direita francesa, fundador da Frente Nacional, partido que ele cofundou e dirigiu por cerca de 40 anos

Jean-Marie Le Pen, deputado no Parlamento Europeu, líder de extrema direita defendeu o marechal Pétain, chefe de Estado francês durante a ocupação e artífice da colaboração com a Alemanha nazista.

Le Pen, é fundador da Frente Nacional e cedeu as rédeas do partido a sua filha Marine em 2011.

No último dia 13 de abril, Le Pen anunciou que desistia de disputar as próximas eleições regionais, em um gesto para tentar reduzir a crise familiar e política entre ele e sua filha.

Criticado por recentes declarações sobre o Holocausto e a imigração que contra dizem a estratégia de “normalização” do partido adotada por sua filha, Jean-Marie Le Pen defendeu que sua neta, a deputada Marion Maréchal-Le Pen, de 25 anos e figura ascendente do partido, lidere a lista da FN nas eleições regionais de Provença-Alpes-Costa Azul (sudeste).

Em declarações ao jornal “Le Figaro”, Jean-Marie Le Pen, que se arriscava a não obter a indicação do partido para estas eleições, disse que não se apresentará, embora pense que teria sido “o melhor candidato para a Frente Nacional”.

“Se devo me sacrificar pelo futuro do movimento, não serei eu quem o prejudicará”, acrescentou.

Declarações polêmicas
No dia 2 de abril, Le Pen recebeu uma chuva de críticas do próprio partido ao repetir declarações sobre as câmaras de gás nos campos de extermínio nazistas, que chamou de “detalhe da história”, uma opinião que já rendeu uma condenação judicial.

Poucos dias depois, voltou à carga em uma entrevista a uma revista de extrema-direita, na qual defendeu o marechal Philippe Pétain, líder da colaboração da França com o regime nazista, e afirmou que é necessário “salvar a Europa boreal e o mundo branco”.

Ao denunciar um “suicídio político”, Marine Le Pen acusou o pai de criar uma “crise sem precedentes” no partido.

 

Marine Le Pen e seu pai, Jean-Marie Le Pen, em foto de setembro de 2014 (Foto: Valery Hache/AFP)

Marine Le Pen e seu pai, Jean-Marie Le Pen, em foto de setembro de 2014 (Foto: Valery Hache/AFP)

 

Ela afirmou que o pai deveria se afastar, ao mesmo tempo em que abriu um processo disciplinar contra ele.

Fontes da FN consideraram a decisão de Jean-Marie Le Pen “digna, embora com um sofrimento evidente”, mas que não impedirá o processo disciplinar.

O chefe histórico da extrema-direita francesa, Jean-Marie Le Pen, foi excluído em 20 de agosto de 2015, aos 87 anos, do partido que ele cofundou e dirigiu por cerca de 40 anos, anunciou a Frente Nacional (FN) em um comunicado.

Jean-Marie Le Pen chega para uma coletiva de imprensa logo após ser expulso da Frente Nacional, partido que ajudou a fundar (Foto: Christian Hartmann/Reuters)

Jean-Marie Le Pen chega para uma coletiva de imprensa logo após ser expulso da Frente Nacional, partido que ajudou a fundar (Foto: Christian Hartmann/Reuters)

“A decisão completa será notificada em breve ao sr. Le Pen”, que foi submetido a um procedimento disciplinar depois de declarações polêmicas sobre o Holocausto, informou a FN, dirigida desde 2011 pela filha de Jean-Marie, Marine Le Pen.

Câmaras de gás

Le Pen já havia sido “suspenso” do partido em maio. O afastamento foi decidido após uma reunião do comitê executivo, convocada para penalizar declarações de Le Pen sobre o Holocausto e a imigração.

Jean-Marie Le Pen, deputado no Parlamento Europeu, reiterou no começo de abril que as câmaras de gás foram um “detalhe” da história da Segunda Guerra Mundial. Poucos dias depois, em entrevista a um jornal de extrema direita, assegurou que era preciso “salvar a Europa boreal e o mundo branco”.

O líder de extrema direita defendeu ainda o marechal Pétain, chefe de Estado francês durante a ocupação e artífice da colaboração com a Alemanha nazista.

Depois de ter sido suspenso em maio, Jean-Marie acusou a filha de “deslealdade” e “traição”. “Me dá vergonha que a presidente da Frente Nacional (Marine) leve meu sobrenome. Gostaria que ela o perca o mais rápido possível. Ela pode fazer isso se casando com seu concubino ou com (Florian) Philippot”, afirmou em entrevista à emissora “Europa 1”, fazendo referência a um de seus principais opositores dentro da legenda.

(Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/04 – MUNDO – AFP – 16/04/2015)

(Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/08 – MUNDO – Da France Presse – 20/08/2015)

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