Dora Lopes ou Dora Lopes de Freitas (1922-1983), cantora e compositora carioca

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Dora Lopes ou Dora Lopes de Freitas (1922-1983), cantora e compositora carioca de alguns dos maiores sucessos de Cauby Peixoto, Agnaldo Timóteo e Nelson Gonçalves. Raramente lembrada entre as cantoras/autoras da MPB, a carioca Dora Lopes de Freitas teve prestígio na época áurea do rádio e emplacou alguns sucessos de sua lavra, os sambas Toalha de Mesa, Ponto de Encontro e Samba na Madrugada e a marchinha carnavalesca Pó de Mico. Fugiu de casa aos 14 anos para cantar no rádio. Nasceu em 6 de novembro de 1922, no Rio de Janeiro. Em 1949 foi descoberta no programa de calouros de Ary Barroso e não parou mais de cantar e se apresentar, freqüentemente ao lado de Dalva de Oliveira, Marlene e Emilinha Borba. Trabalhou nas rádios Nacional e Mayrink Veiga, fez turnês pela Europa e mais tarde radicou-se em São Paulo.

O auge de sua carreira aconteceu entre 1950 e 1965, quando compôs Pó de Mico, para Emilinha Borba, e, Tortura de Amor, para Valdik Soriano. Do contrário, a cantora teria de ser incluída entre os primeiros militantes da bossa nova, especialmente pela faixa Tostão Não É Troco. De arquitetura dissonante, costura de violão, um breve scat singing e quebrada rítmica típica, a letra (e música) da cantora dispara: “você é quadrado/ você não casa no meu sincopado/ você é todo na pauta/ eu sou improviso/ eu sou bossa nova/ você é muito implicante/ o meu beijo é dissonante”. Além disso, na faixa título ela também injeta bossa nova no Dicionário de Gíria. Dora morreu dia 24 de dezembro de 1983, aos 62 anos, de deficiência cardíaca, em Sãso Paulo.

(Fonte: Veja, 4 de janeiro, 1984 – Edição n.° 800 – Datas – Pág; 65)

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