David Joseph Bohm, notável físico teórico, professor de física teórica e mecânica quântica, amplamente considerado um dos físicos teóricos mais importantes do século XX

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David Joseph Bohm foi um físico quântico americano de posterior cidadania brasileira e britânica.

Devido a suspeitas de comunismo durante a era McCarthy, ele deixou os Estados Unidos. Ele seguiu sua carreira científica em vários países, tornando-se um brasileiro, e, mais tarde, um cidadão britânico.

David Bohm, amplamente considerado um dos físicos teóricos mais importantes do século XX. (Foto: The Bohm Documentary/ Reprodução)

 

David Joseph Bohm (Wilkes-Barre, 20 de dezembro de 1917 – Londres, 27 de outubro de 1992), notável físico teórico, professor de física teórica e mecânica quântica, amplamente considerado um dos físicos teóricos mais importantes do século XX.

A vida de um grande cientista, que foi perseguido pela direita reacionária macartista, se exilou no Brasil e morreu em Londres, em 1992. Sendo um dos gênios mais brilhantes e considerado uma das grandes mentes do século XX.

Nascido em Wilkes-Barre (cidade mineira da Pensilvânia, EUA) David Joseph Bohm era filho de pais judeus de casamento tradicional: Samuel e Frieda Bohm. Seu pai, cujo nome de nascimento foi Shalom Dum, nasceu na antiga Áustria-Hungria, filho de pais judeus ortodoxos. Estes faleceram em virtude de uma suposta gripe, deixando nove filhos órfãos. O pai de David Bohm emigrou aos Estados Unidos, e seus tios tiveram fins diversos, mas todos adotados – uma tia sua morreria posteriormente nos campos de concentração e um tio batalhando numa revolta europeia durante a Primeira Guerra Mundial. A mãe de D. Bohm, Frieda, foi arranjada a casamento para Samuel, como era costume entre famílias judias.

David Bohm, conhecido principalmente por seu modelo quântico da dualidade onda partícula, cresceu num contexto familiar conturbado; o psiquiatra Anthony Storr deixa claro em uma pesquisa sua, que figuras revolucionariamente geniais, como Isaac Newton, foram psicologicamente capazes das revoluções devido à personalidade tímida e discreta desenvolvida por crises familiares sérias. Com Bohm não foi diferente.

Neste contexto, David acabou se tornando um adolescente quieto, pensativo e muito criativo: possuía fantasias infantis que mais tarde seriam base à suas hipóteses teórico-filosóficas; inspirado por uma revista de ficção científica, começou a produzir as suas ficções; era excepcional em geometria espacial e, após ler sobre quarta dimensão, passou a procurar visualizá-la; suas abstrações o destacaram dos demais colegas – em cuja escola o ensino era mais voltado aos “punhos que à mente”, nas palavras de seu biógrafo e amigo David Peat. Quando estudara sobre Química, Astronomia e Física, através de livros da biblioteca, Bohm se admirou como o Universo é tão organizado, o que moldou também seus pensamentos políticos.

Bohm sofreu bullying por ser judeu pelas crianças de igrejas cristãs. Seu pai, seu pai possuía uma visão socialista, mas sonhos capitalistas a sua loja de moveis. Todas estas situações o levaram a racionalmente encontrar no ateísmo seu porto seguro emocional.

Apesar das adversidades sociais e do jeito reservado, Bohm teve amizades fortes e ativas – adquirindo, inclusive, um senso irônico peculiar. Acampavam e viajavam juntos; enquanto seus amigos tratavam de assuntos comuns da vida, Bohm, por sua vez, abordava coisas sobre a Ciência e o futuro.

A genialidade abstrativa de Bohm era aguçada. Aos quinze, lendo sobre a descoberta do Nêutron na Scientific American, Bohm logo o associou à energia atômica, pela qual era fascinado; posteriormente, suas suposições juvenis se apresentariam corretas, tanto na pilha de Fermi quanto na bomba de Oppenheimer. Admirava-se também, após um curso avançado em Geometria Euclidiana, como abstrações mentais correspondiam à realidade de objetos materiais no espaço-tempo.

Aos 17, passou a desenvolver seu ser político às questões socialistas (visão que o deixou longe do Projeto Manhattan, posteriormente, e exilado no Brasil), após rumores ouvidos dos discursos e valores de Stálin.

Bohm esteve no Brasil, como refugiado do macarthismo, ingressou na Universidade de São Paulo (USP), e mais tarde em 1955 emigrou para Israel.

Em 1957 mudou-se para a Grã-Bretanha. Obteve uma bolsa de pesquisa na Universidade de Bristol até 1961, quando se tornou professor de Física Teórica na Universidade de Londres, onde ficou até sua aposentadoria em 1987.

Desenvolvera na sua fase acadêmica invenções tecnológicas, como um afinador de frequência radiofônica e design de uma (suposta) asa ideal, o que o possibilitou de mostrar ao pai uma praticidade econômica de sua paixão, a Ciência.

Bohm viveu em uma época conturbada, com uma verdadeira “caça as bruxas” aos quem tinham ideais socialistas, mas sobreviveu. E deixou o seu nome na história como um dos heróis da ciência no século 20… Ao contrário de seu perseguidor da extrema direita Joseph McCarthy, que morreu no ostracismo e sendo considerado uma vergonha para os americanos.

(Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias – EDUCAÇÃO – 27 de novembro de 2012)

(Fonte: https://br.answers.yahoo.com/question – Governo e Política – Governo)

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