Criou o primeiro laboratório do país a fazer análises químicas de rochas

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A pioneira na pesquisa em células combustíveis no Brasil

A professora Aïda Espínola pioneira no estudo de células combustíveis no Brasil.  - (Foto: Marcus Almeida / Coppe)

A professora Aïda Espínola pioneira no estudo de células combustíveis no Brasil. – (Foto: Marcus Almeida / Coppe)

Aïda Espínola era professora aposentada da UFRJ e criou o primeiro laboratório do país a fazer análises químicas de rochas


Aïda Espínola (Rio de Janeiro, 18 de abril de 1920 – Rio de Janeiro, 29 de julho de 2015), professora aposentada da Coppe/UFRJ e pioneira no estudo de células combustíveis no Brasil. Em 2013, publicou seu último livro, “Ouro negro”, sobre a história do petróleo no Brasil, desde a descoberta em 1939 do poço de Lobato, na Bahia, até os campos do pré-sal. O enterro da professora ocorreu às 16h desta quarta-feira, no cemitério de Guaratiba.

 

A carioca nascida em Copacabana, bairro onde morou por quase toda a vida, foi uma das primeiras mulheres a, em 1941, formar-se em Química Industrial, área então dominada por homens. Ela se graduou na Universidade Federal do Rio de Janeiro, fez mestrado na Universidade de Minnesota (1958) e doutorado na Universidade do Estado da Pennsylvania, ambas nos Estados Unidos (1974).

Durante esse doutorado, Aïda foi requisitada pelo Centro Técnico Aeroespacial (CTA) para desenvolver um gerador de energia para o primeiro satélite brasileiro, principal missão do CTA na época. Este foi o início de sua pesquisa em células combustíveis. Ao ingressar na Coppe/UFRJ como professora logo no ano seguinte, em 1975, ela implantou uma linha de pesquisa sobre o tema, considerado por ela promissor na busca pela geração de energia sustentável.

 

A carreira de Aïda começou em 1942, quando era uma jovem de apenas 21 anos. O cargo era o de química tecnologista do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), no qual, pouco mais tarde, ela implantou e chefiou o Laboratório de Análises Químicas de Rochas — depois renomeado Laboratório de Geoquímica. Durante anos, este foi o único laboratório no Brasil a realizar análises químicas completas de rochas, atendendo geólogos e mineralogistas brasileiros e estrangeiros. Considera-se que o centro foi essencial para a evolução da exploração de óleo e gás no país.

Em 2009, a professora foi homenageada pela Coppe/UFRJ com a inauguração de uma sala com seu nome. A cerimônia foi feita durante o lançamento do livro “Fritz Feigl: atualidade de seu legado científico”, de autoria de Aïda.

Aïda morreu em 29 de julho de 2015, aos 95 anos de idade. A causa da morte foi insuficiência respiratória, e Aïda morreu no Hospital Adventista Silvestre, no Cosme Velho. Apesar da idade avançada, ela se mantinha lúcida e em atividade, dando ocasionais palestras na Universidade Federal do Rio de Janeiro.

(Fonte: http://oglobo.globo.com/sociedade/educacao -17009774#ixzz3hO2QPi9Z – SOCIEDADE – EDUCAÇÃO – POR O GLOBO – 29/07/2015)
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