Conde Cagliostro, aventureiro, ocultista, alquimista, curandeiro, hipnotizador e maçom, frequentou as altas esferas do poder na Europa do século 18

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Também conhecido como Conde Félix, Marquês de Pellegrini, príncipe de Trapenzut e outros, era inteligente, carismático e charlatão aventureiro

Alessandro, Conde Cagliostro (Foto: Wikimedia Commons/Divulgação)

Alessandro, Conde Cagliostro (Foto: Wikimedia Commons/Divulgação)

 

Conde Cagliostro (Palermo, 2 de junho de 1743 – São Leão em Urbino, 28 de agosto de 1795), aventureiro, ocultista, alquimista, curandeiro, hipnotizador, maçom e personagem fascinante de seu lado sombrio daquele que ficou conhecido como o “Século das Luzes” do século 18

O conde de Cagliostro foi um dos mais bem sucedidos charlatões da história. Místico, curandeiro, iniciado nas misteriosas práticas da maçonaria egípcia, frequentou as altas esferas do poder na Europa do século XVIII, despertando tanto admiração quanto ódio. Chegou até a inspirar um personagem da ópera “A Flauta Mágica”, de Mozart. E acabou sua vida em um calabouço italiano, preso por heresia, por ordem do papa Pio VI.

O aventureiro Cagliostro esteve implicado no Caso do Colar da Rainha Maria Antonieta – em 25 de janeiro de 1785, dois joalheiros parisienses enviam um suntuoso colar de diamantes ao príncipe-cardeal de Rohan, o que motivou sua reclusão na Bastilha e posterior expulsão da França. Era o começo de um inacreditável assunto que iria respingar na família real. Condenado pela Inquisição como herético e mágico, morreu na prisão. Foi descrito pelo escritor Alexandre Dumas, em Memórias de um Médico, sob o nome de Joseph Balsamo.

Um breve percurso pela vida desse homem, também conhecido como Conde Félix, Marquês de Pellegrini, príncipe de Trapenzut, etc., mostra-o inteligente, carismático e charlatão aventureiro, contemporâneo de Casanova, capaz de curar todo tipo de enfermidade, de, como bom alquimista, transmutar metais em ouro e até de fazer-se invisível.  Suas primeiras malfeitorias tiveram como local sua cidade natal, onde se apresentava como hábil falsificador. Quando suas andanças começaram a ganhar certa notoriedade se viu forçado a emigrar para o Egito, junto com seu primeiro mentor, um obscuro alquimista conhecido como Mestre Altothas. Era no Egito onde se deva a Grande Gnosis, a transmissão espiritual do sacerdócio egípcio. Anos mais tarde, em 1776, se proclamaria fundador da Seita Maçônica Egípcia.

Alessandro Cagliostro morre em Roma em 28 de agosto de 1795, aos 52 anos. Obrigado a apresentar-se com roupas de penitente ante a igreja de Santa Maria e abjurar todos os seus erros, não foi perdoado. Encerrado na fortaleza de São Leão em Urbino, acabou sendo estrangulado em sua cela.

(Fonte: Veja, 29 de setembro de 2004 – ANO 37 – N° 39 – Edição 1873 – Veja Recomenda – Livros – Pág: 132/133)

(Fonte: http://operamundi.uol.com.br/conteudo/historia/37632 – MEMÓRIA – Hoje na História: 1795 – Max Altman | São Paulo – 28/08/2014)

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