Andrew Sarris, crítico de cinema americano difusor do cinema de autor

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Crítico americano difusor do ‘cinema de autor’

Andrew Sarris, defendia que o diretor é o principal criador de um filme

Influenciado por franceses da nouvelle vague, analista ajudou a aprofundar estudos sobre o tema nos Estados Unidos

Andrew Sarris (31 de outubro de 1928 – Manhattan, 20 de junho de 2012), crítico de cinema americano difusor do “cinema de autor”, defendia que o diretor é o principal criador de um filme.

Andrew Sarris, foi um dos mais polêmicos e importantes críticos de cinema americanos, era casado com a também crítica de cinema Molly Haskell.

Sarris ficou famoso em 1962, quando publicou no jornal “The Village Voice” um artigo chamado “Notas sobre a Teoria do Autor”, em que defendia a tese de que o diretor seria, na verdade, o verdadeiro “autor” de um filme.

Sarris se interessou pelo tema depois de passar um tempo em Paris, onde conviveu com cineastas da nouvelle vague e críticos da revista “Cahiers du Cinéma”, como François Truffaut, Jean-Luc Godard e Claude Chabrol.

Inspirado pelos franceses, Sarris voltou aos EUA, mas suas ideias não foram bem aceitas, especialmente numa indústria dominada por produtores e onde os roteiristas tinham importância enorme.

A crítica Pauline Kael foi a maior opositora da “teoria do autor”. Em 1963, antes mesmo de entrar para a revista “The New Yorker”, onde ganharia fama, Kael escreveu um artigo desancando Sarris e suas ideias. Os dois tornaram-se inimigos e passaram a brigar por meio de suas respectivas publicações.

Foi uma época de ouro da crítica de cinema nos Estados Unidos, quando cinéfilos passaram a se dividir entre defensores de Sarris e de Kael.

Mais que um polemista, Andrew Sarris colaborou para tornar o cinema, até os anos 1960 visto pelo público do país como um simples entretenimento, num objeto de estudos mais profundos.

Seus textos sobre filmes europeus e asiáticos no “Village Voice” ajudaram gerações de cinéfilos a descobrir cineastas como Bergman e Kurosawa. Seu fascínio pela nouvelle vague popularizou Godard e Truffaut.

Sarris teve grande importância também na valorização de cineastas norte-americanos como John Ford, Howard Hawks e Orson Welles.

Andrew Sarris faleceu em 20 de junho de 2012, aos 83 anos, em Manhattan, nos Estados Unidos.

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada- FOLHA DE S.PAULO – ILUSTRADA – CINEMA/ Por ANDRÉ BARCINSKI, CRÍTICO DA FOLHA – 22 de junho de 2012)

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