A mais bem-sucedida companhia cinematográfica brasileira

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A mais bem-sucedida companhia cinematográfica brasileira

A Atlântida foi a mais bem-sucedida companhia cinematográfica brasileira.

Entre 1941 e 1962, quando encerrou suas atividades, produziu 66 películas. Embora também tenha feito dramas e documentários, o estúdio se notabilizou por trabalhar comédias de fácil aceitação pelo grande público, que ficaram conhecidas como “chanchadas”. Esses filmes se baseavam em uma estrutura narrativa que envolvia, geralmente, uma história de amor, cercada por situações cômicas.

A fórmula, quase sempre, incluía um vilão não muito sério, que emprestava ao roteiro situações de aventura humorística. A inserção de números musicais, ao estilo do teatro de revistas, completava o molho. O primeiro filme rodado pela Atlântida foi o documentário “Astros em Desfile”, de José Carlos Burle (1942). Em seguida viria o drama “O Moleque Tião” (1943), também dirigido por Burle e cujo argumento se baseava em reportagem de José Silveira e Samuel Wainer. Em 1962 a Atlântida fechou com o filme “Os Apavorados”, de Ismar Porto. O estúdio reabriria em 1975, exclusivamente para contar a sua história com a película “Assim Era a Atlântida”, de Carlos Manga.

Os filmes da companhia tornaram conhecidos diretores como Watson Macedo, José Carlos Burle, Moacir Fenelon e, o mais atuante de todos, Carlos Manga. Também celebrizaram os atores Anselmo Duarte e Eliana, Cyl Farney e Ilka Soares ou Fada Santoro – estes no papel de casais românticos; os humoristas Oscarito, Grande Otelo, Catalano, Colé, Ankito, Zezé Macedo, Dercy Gonçalves, Violeta Ferraz; e os indefectíveis “vilões” José Lewgoy, Renato Restier e Wilson Grey, para citar os mais conhecidos.

O cinema da Atlântida, ainda sem a concorrência da televisão, experimentou seu auge na primeira metade da década de 1950, quando atraía grandes platéias. Já nos anos 60, a cinematografia brasileira tomava novos rumos, produzindo com maior freqüência filmes de nível intelectual mais elevado, como “o Pagador de Promessas”, de Anselmo Duarte, que chegou a conquistar a Palma de Ouro no Festival de Cannes em 1962.

(Fonte: Correio do Povo – Ano 113 – Nº 354 – Cronologia – DIRCEU CHIRIVINO
– Geral – 18 de setembro de 2008 – Pág; 23)

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