A Cimo foi pioneira na introdução da tecnologia da laminação

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Móveis à frente de seu tempo

A história da indústria Cimo, que marcou época com seus móveis entre as décadas de 30 e 70
A história da indústria de móveis Cimo serviu, recentemente, de tema para uma exposição sobre a memória da indústria moveleira no Brasil, realizada em Curitiba (PR). Com curadoria de Angélica Santi, designer de mobiliário desde 1968 e fundadora da Oficina de Arte Design, onde atua, a mostra apresentou documentos e fotos de época e cerca de 40 peças originais que marcaram época.

Em 1982, a indústria de Móveis Cimo S.A declarava falência. Encerravam-se ali as atividades de produção desta empresa, cujos móveis para sempre ficarão no imaginário de muitos brasileiros. Criada pelos irmãos Zipperer, descendentes de imigrantes vindos da Boêmia, a Móveis Cimo representa um marco mais do que significativo entre a herança artesanal e o início da produção em série no Brasil.

A empresa iniciou suas atividades no início do século passado, em 1912, em Rio Negrinho (SC), hoje um dos maiores pólos moveleiros do País. Em 1921, iniciou a produção de cadeiras a partir do reaproveitamento das aparas de imbuia, para serem comercializadas nos centros urbanos de São Paulo e Rio de Janeiro.

Seu pioneirismo foi conquistado devido a alguns fatores: o reaproveitamento de material, a comercialização nos maiores centros urbanos do país e a criação de um produto de qualidade destinado à produção em escala.

A Cimo foi pioneira na introdução da tecnologia da laminação diferenciando-se de seus concorrentes. Seu produto dominou o mercado nacional de móveis para instalações comerciais e institucionais, com repercussão na América Latina, tornando-a a maior fábrica do ramo de mobiliário na América Latina da década de 30 até 1970.

Na década de 80, a empresa perdeu força e fechou as portas, porém, seu legado é incontestável e histórico: as inovações tecnológicas e a funcionalidade dos seus móveis são utilizadas até hoje, demarcando um período da história e da cultura brasileira.

Apesar de muitos cinemas já terem passado por reformas, ainda hoje podemos encontrar por este país afora cinemas e escolas mobiliados com os seus móveis de imbuia. Sem dúvida, foi a maior produtora de cadeira para cinemas do Brasil e a pioneira na política de reaproveitamento de material e reflorestamento.

(Fonte: delas.ig.com.br/casa/decoracao/moveis – Por Marisa Ota – 8 de novembro de 2010)

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