Didier Motchane, figura histórica do Partido Socialista (PS), cuja trajetória esteve vinculada à do ex-ministro e antigo líder da esquerda Jean-Pierre Chevènement

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Didier Motchane, criador do símbolo socialista do punho e da rosa

No Brasil, figura é usada pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT).

Didier Motchane, em foto de 1997. Inventor do símbolo do punho e da rosa (Foto: Dominique Faget/AFP)

Didier Motchane (Paris, 17 de setembro de 1931 – 29 de outubro de 2017), foi uma figura histórica do Partido Socialista (PS) da França e que esteve envolvido em sua refundação em 1971, conhecido como o criador de seu símbolo, o punho e a rosa.

Motchane, cuja trajetória política esteve diretamente vinculada à do ex-ministro e antigo líder da esquerda Jean-Pierre Chevènement.

Com Chevènement, Motchane fundou em 1965 o Centro de Estudos, de Pesquisas e de Educação Socialista, que durante mais de 20 anos foi a cabeça visível da ala mais à esquerda da social-democracia francesa.

Seis anos depois, Motchane esteve entre os promotores do que ficou conhecido como “a união da esquerda”, que no congresso de Épinay permitiu que François Mitterrand (1916-1996) tomasse as rédeas do PS, um passo-chave para sua vitória nas eleições presidenciais de 1981.

Símbolo do punho e da rosa, criado por Didier Motchane (Foto: Charles Platiau/Reuters)

 

Motchane esteve por trás da criação de várias revistas políticas e do famoso símbolo do punho e da rosa, que se transformou em um ícone socialista em escala internacional, e é utilizado por muitos partidos ao redor do planeta, como o Partido Democrático Trabalhista (PDT), fundado por Leonel Brizola no Brasil em 1979.

 

Nascido em 17 de setembro de 1931 e filho do conhecido matemático Léon Motchane (1900-1990), Didier Motchane foi eleito deputado nas primeiras eleições para o Parlamento Europeu por sufrágio universal em 1979, uma cadeira que manteve durante dois mandatos, até 1989.

 

Motchane teve diversos cargos institucionais no OS da França, como o de secretário internacional, depois o de secretário do próprio partido e também de ação cultural.

 

Em 1993, Motchane deixou o PS, junto com Chevènement, por diferenças com Mitterrand sobre o envolvimento da França na Guerra do Golfo. Os dois lideraram a constituição do Movimento dos Cidadãos, que foi dirigido por Chevènement, e que passou a se chamar Movimento Republicano e Cidadão em 2003.

 

Em 2012, Motchane apoiou a candidatura nas eleições presidenciais de Jean-Luc Mélenchon, antigo socialista como ele, e atual líder do França Insubmissa, o grande partido da esquerda radical.

Didier Motchane morreu no domingo (29) aos 86 anos por decorrência de um câncer.

(Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia – MUNDO – NOTÍCIA / Por Agencia EFE – 29/10/2017)

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