Liszt: só o compositor passou à História
Franz Liszt, foi o maior pianista de seu tempo, mas hoje estaria nos subcapítulos dos dicionários de música se não se tivesse aventurado como compositor.

Franz Liszt é considerado o primeiro pop star da História (Foto: News – University of Nebraska–Lincoln / Divulgação)
SÉCULO XIX – Quando o compositor e pianista Franz Liszt subia ao palco, as mulheres deliravam e os homens se mordiam de inveja. O húngaro é considerado o primeiro pop star da História.
O compositor húngaro Franz Liszt (Doborján, 22 de outubro de 1811 – Bayreuth, 31 de julho de 1886), de personalidade inquieta e fascinante, foi um dos primeiros superstars da história da música e, talvez tenha sido o maior pianista de todos os tempos, foi um novo modelo de músico.
Atormentado pela contradição de ter angariado fama sem conseguir prestígio, Franz Liszt chegou a pensar em abandonar a carreira de concertista na juventude.
Motivo: ele achava que o público ia a concertos não pela música em si, mas pelas piruetas do artista, que era visto como um animal exótico. Liszt, no entanto, não sabia fazer nada além de tocar – o jeito, então, foi viver febrilmente dessa habilidade.
Assim, aderiu com tudo aos caprichos do mercado. Como os roqueiros de hoje, fez turnês beneficentes, teve uma trajetória de amores escandalosos e lançou outros talentos, caso de Chopin e Wagner.
Franz Liszt é autor de duas versões das canções destacadas de “A Gôndola Lúgubre”, composição que sugere um cortejo fúnebre em Veneza. O músico húngaro escreveu essa peça em dezembro de 1882.
Seis semanas mais tarde, o compositor Richard Wagner morreu em Veneza, e seu caixão foi levado ao cemitério de gôndola – o que deu a música a fama de maldita. Totentanz “dança da morte” em alemão, música baseada em pinturas florentinas dedicadas ao tema, fascínio pela ideia da morte, assunto que aparece na obra de Liszt.
(Fonte: Veja, 12 de janeiro de 2000 – ANO 33 – N°2 – Edição 1631 – Pág: 109)
(Fonte: Veja, 7 de outubro, 1992 – ANO 25 – N° 41 – Edição 1256 – LIVROS – Não-ficção –“Liszt”, de Bryce Morrison – Pág: 102/104)
(Fonte: Revista Veja, 13 de agosto de 1997 – ANO 30 – Nº 32 – Edição 1508 – Música / Por João Gabriel de Lima – Pág: 124/125)
(Fonte: Veja, 30 de outubro de 1996 – ANO 29 – Nº 44 – Edição 1468 – Música / Por Mário Henrique Simonsen – Pág: 84/87)