Karl Lagerfeld, estilista alemão, diretor criativo da Chanel, pilotava as marcas Chanel e Fendi há décadas, além de sua grife homônima

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Estilista alemão Karl Lagerfeld, diretor artístico da Chanel

 

 

Karl Lagerfeld durante apresentação da coleção outono/inverno 2015/2016 da Chanel, em Paris — (Foto: REUTERS/Gonzalo Fuentes/Arquivo)

 

 

Designer de moda alemão

 

 

Karl Otto Lagerfeld (Hamburgo, Alemanha, 10 de setembro de 1933 – Neuilly-sur-Seine, 19 de fevereiro de 2019), estilista alemão – diretor criativo da Chanel e Fendi, foi um dos mais icônicos nomes do mundo da moda, um indivíduo extraordinariamente criativo, reinventou os códigos da marca criados por Gabrielle Chanel: a jaqueta e o terno, o vestidinho preto, os preciosos tweeds, sapatos bicolores, as pérolas e as joias.

 

 

O estilista Karl Lagerfeld, diretor criativo das grifes Chanel e Fendi, bem como por dirigir e executar desfiles suntuosos, com cenários deslumbrantes Pelas mãos dele, o Grand Palais, em Paris, ganhou praia artificial com areia e ondas, colunas gregas, cachoeiras e corredores de supermercado, entre outros. Pela Fendi, em 2016, fez uma apresentação em uma passarela transparente em cima da Fontana di Trevi, em Roma, que foi revitalizada com patrocínio da grife.

 

 

 

 

Ícone da moda, o alemão que pilotava as marcas Chanel e Fendi há décadas, além de sua grife homônima, nasceu em Hamburgo a 10 de setembro de 1933 (o designer gostava de ir dizendo datas diferentes a cada entrevista, mas esta seria a mais provável), em Hamburgo, na Alemanha. Era filho de mãe alemã, uma política do católico Partido Centro Alemão, e pai sueco, um empresário no setor do leite.

 

 

Passou a infância isolado na casa da família, na Baviera, protegido da Segunda Guerra Mundial, que assolava o país. Tinha um tutor francês, o que o impulsionou a mudar-se para Paris.

 

 

Assinou a primeira coleção, com o nome Roland Karl, em 1953 – mas a crítica não esteve do seu lado. Um ano depois, consegue um estágio junto do reputado designer francês Pierre Balmain. Foi nesta altura que se desenvolveu uma rivalidade com o também icônico designer Yves Saint Laurent, que morreu em 2008.

 

 

O grande sucesso chegou na década de 1960, com a marca Chloe.

 

 

Chegou à Chanel em 1983, quando a marca estava a perder a atualidade, tendo revolucionado as peças tradicionais e os desfiles da casa de moda.

 

 

Karl Lagerfeld, designer de moda alemão e um dos maiores ícones do mundo da moda, começou na moda como freelance em 1964, fazendo trabalhos para a casa de moda francesa Chloé. Em 1970, também iniciou uma colaboração para a Curiel. Anos depois, entrou com um projeto ao lado da marca italiana Fendi. Na mesma época, também trabalhou como figurinista para produções teatrais. O designer de moda foi nomeado diretor artístico pelo conjunto de suas coleções de alta costura, prêt-à-porter e acessórios da casa Chanel em 1983.

Desenhava todos as suas criações à mão – um fenômeno cada vez mais raro no panorama atual da moda – e era ainda fotógrafo e caricaturista.

Lagerfeld conhecido pela imagem de marca que mantinha há largos anos: cabelo branco, óculos escuros e roupa de cor negra. Famosos eram também a sua perspicácia e instintos artísticos e de negócios, assim como, muitos diriam, o seu ego.

Durante uma entrevista ao programa “Fantástico”, em 2013, Karl afirmou que “elegância não tem a ver só com roupas. Se você é uma pessoa elegante, você é elegante em jeans e camiseta. Se você não é, você fica vulgar em jeans e camiseta. É uma questão de atitude”.

Além de seu talento na moda, Karl também era conhecido por seu humor ácido. Em 2012, por exemplo, ao falar sobre a cantora Adele, ele citou: “Ela é um pouco gorda demais, mas tem um lindo rosto e uma voz divina”.

Em maio de 2018, o estilista alemão, que vivia em Paris, ameaçou abandonar a cidadania alemã e disse odiar Angela Merkel.

Polêmica no Oscar

Em 2017, a atriz Meryl Streep acusou o estilista Karl Lagerfeld de estragar sua noite do Oscar ao acusá-la falsamente de ser paga para usar um vestido no tapete vermelho. A afirmação de Streep foi em resposta à fala de Lagerfeld nesta semana de que a atriz de “A Escolha de Sofia” decidiu não usar um vestido da Chanel porque seria paga para vestir uma peça de outro desenhista.

 

“Essa história se disseminou em todo o mundo, e continua globalmente a ofuscar a minha participação no Oscar, no momento de quebra do meu recorde de 20ª indicação, para também diminuir esse feito aos olhos da mídia, dos colegas e da audiência”, disse Streep, de 67 anos, em comunicado.

 

 

Ela recusou um pedido de desculpas de Lagerfeld, que admitiu ter “entendido errado que a senhora Streep poderia ter escolhido outro estilista devido à remuneração” e disse que se arrependia pela polêmica.

O designer de moda alemão era atualmente o diretor artístico da Chanel, bem como da casa de moda italiana Fendi. Dirigia também a sua própria marca.

 

Lagerfeld tinha um estilo próprio, autêntico – até devido ao cabelo branco, óculos escuros e luvas – e polêmico.

Karl Lagerfeld faleceu em 19 de fevereiro de 2019, aos 85 anos de idade. Ele morreu em um hospital de Paris e, segundo publicações internacionais, havia sido internado com urgência na segunda-feira (18).

Ele havia sido hospitalizado na segunda na periferia de Paris; Lagerfeld não revelava a idade, mas acredita-se que tivesse 85 anos.

O diretor artístico da Chanel chegou a faltar em um dos desfiles da marca em janeiro. Em comunicado, a Chanel informou na ocasião que o motivo da ausência de Karl era “apenas cansaço”.

Alain Wertheimer, CEO da Chanel também se pronunciou publicamente. “Graças ao seu gênio criativo, generosidade e intuição excepcionais, Karl Lagerfeld estava à frente de seu tempo, o que contribuiu vastamente para o sucesso da casa ao redor do mundo. Hoje, não só perdi um amigo, como todos nós perdemos uma mente extraordinária para quem eu dei carta-branca no início dos anos 80 para que ele reinventasse a marca.”

(Fonte: https://istoe.com.br – Edição nº2564 – CULTURA / Por Ansa – 19/02/19)

(Fonte: https://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2019/02/19 – POP & ARTE / NOTÍCIA / Por G1 – 19/02/2019)

(Fonte: https://www.tsf.pt/sociedade – SOCIEDADE / Por Rita Carvalho Pereira – 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Origem e ascensão

Karl Otto Lagerfeldt nasceu em Hamburgo, na Alemanha, em 10 de setembro de 1933, filho do empresário local Otto Lagerfeldt e da sueca Elisabeth Bahlmann. Mais tarde, ele mudaria seu nome para se tornar mais “comercial”.

 

O estilista se mudou para Paris quando tinha 14 anos, estudou história e desenho e se formou no Lycée Montaigne. “Meu pai… Ele nunca poderia me dizer não, então eu consegui tudo o que quis. Eu tive um Bentley aos 20 anos”, confessou ao “Hollywood Reporter” sobre sua criação privilegiada.

 

Em 1955, ele ganhou um concurso em Paris ao desenhar um casaco de lã. A premiação o levou a se tornar assistente de Pierre Balmain. O alemão estava à frente da Fendi desde 1965, da Chanel desde 1983 e de sua grife homônima desde 1974. Ele ainda passou pela Jean Patou e pela Chloé, além de ter colaborado com diversas marcas fast-fashion, entre elas a brasileira Riachuelo.

 

O estilo e o impacto do Kaiser na moda

 

Ao longo dos anos, o estilista modernizou as estruturas da Chanel. De olho em consumidores mais jovens e de países em desenvolvimento, como indianos e chineses, levou irreverência às tradicionais jaquetas de tweed da grife, incorporando brilhos e formas mais leves às peças, além de referências da cultura pop contemporânea para os designs reconhecidos da fundadora, Gabrielle Chanel.

 

Em outubro de 2013, Karl Lagerfeld veio ao Brasil para a abertura exposição “Little Black Jacket”, que celebrava a história da peça icônica da Chanel, em 133 imagens, fotografadas por Karl. A mostra ficou em cartaz na Oca, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. No ano seguinte, ele elaborou um desfile-protesto, em que as modelos cruzaram as passarelas mostrando não só a coleção de primavera/verão 2015, mas cartazes feministas.

 

Em 2016, Karl promoveu o primeiro desfile de uma marca internacional em Cuba após a abertura econômica, mostrando a coleção Cruise 2016/2017 no Paseo del Prado, em Havana. Já em dezembro de 2018, ele decidiu que a grife não usaria mais peles de animais em suas criações.

 

Ele já foi chamado pela “Vogue” americana de “mestre da reinvenção” e um “homem da renascença francesa sempre em mutação”. Segundo o “WWD”, o impacto de seu estilo rocker nas bolsas e terninhos da grife era tão intenso que “Karl Lagerfeld era quase tão sinônimo de Chanel quanto a própria Coco Chanel”.

 

Ao longo de sua carreira, ele ainda se tornou reconhecido por seu envolvimento em polêmicas, a mais recente, a respeito do movimento #MeToo. Em entrevista à revista francesa “Numéro” em abril de 2018, Karl Lagerfeld duvidou da veracidade das alegações das sobreviventes famosas de assédios e abusos sexuais.

 

 

“Estou cansado disso… O que me choca mais é que todas essas estrelas levaram 20 anos para se lembrar do que aconteceu. Além disso, não há nenhuma testemunha de acusação”. No entanto, o estilista fez questão de pontuar que “não suportava” Harvey Weinstein.

 

“Li em algum lugar que agora você precisa perguntar a uma modelo se ela se sente confortável ao posar. É demais. De agora em diante, como estilista, você não pode fazer mais nada”.

 

 

Colaboradores e amigos famosos de Karl

 

 

Em sua carreira paralela, a fotografia, ele chegou a clicar modelos tão distintas como Kendall Jenner, Conchita Wurst e o brasileiro Cauã Reymond. Até mesmo sua gata Choupette, de 7 anos, se converteu em contínua fonte de inspiração de coleções de sua grife — e se tornou um ícone no Instagram, com mais de 117 mil seguidores. Entre as clientes e musas famosas do alemão estão Lady Gaga, Carine Roitfeld, Kristen Stewart e Lily Rose-Depp, Madonna, Pharrell Williams, Keira Knightley e Justin Bieber.

 

 

“Karl sempre, desde o começo, me fez sentir como se ser eu mesma fosse a coisa certa a fazer. E, no mundo da moda, esta é uma raridade. Ele é um artista compulsivo e obsessivo e isso é contagiante. Ele é gentil. Ele é quem é por uma razão. Sinto que sou tão sortuda por estar perto dele com frequência”, disse Kristen à revista “V” em 2017.

 

 

Os últimos anos de trabalho

 

 

Ao longo das últimas décadas, ele conquistou e colecionou diversos prêmios. “Eu desenho como eu respiro. Você não pede para respirar, apenas acontece”, explicou sobre seu processo criativo ao receber o Couture Council Fashion Visionary Award, em 2010.

 

Notoriamente ativo, sua ausência no último desfile de alta-costura da Chanel em Paris, em 22 de janeiro, surpreendeu o mundo da moda. Em comunicado, a companhia havia justificado que Karl estava se sentindo bastante cansado.

 

(Fonte: https://universa.uol.com.br/noticias/redacao/2019/02/19 – NOTÍCIAS / MODA / Por Mariana Araújo e Andressa Zanandrea da Universa, em São Paulo – 19/02/2019)

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