Gary Peacock, instrumentista importante em formações que acompanharam de Miles Davis a Lee Konitz e nomes do jazz da Costa Oeste dos EUA, como Art Pepper e Bud Shank

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Baixista Gary Peacock foi um dos mais inventivos músicos de sua geração

 

 

Gary Peacock (Burley, 12 de maio de 1935 – 5 de setembro de 2020), foi um dos grandes baixistas do jazz, as primeiras incursões na música foram no piano, até ao dia em que o contrabaixista do seu grupo deixou a formação e o músico sentiu que devia ser ele a ocupar o lugar. Trabalhou na Costa Oeste e também em Nova Iorque, desde os finais da década de 60, com nomes como Bill Evans ou Albert Ayler.

 

Peacock, instrumentista importante em formações que acompanharam de Miles Davis a Lee Konitz e nomes do jazz da Costa Oeste dos Estados Unidos, como Art Pepper e Bud Shank, seu mais longevo trabalho se deu ao lado da gig do pianista Keith Jarrett, o Standards Trio, completado pelo baterista Jack DeJohnette. Johnette elogiava algo que talvez tenha sido uma marca em seu baixo: a “flutuação do tempo” levado às últimas consequências.

 

Peacok nasceu em Idaho, em maio de 1935, e, antes do baixo, foi baterista e pianista, uma formação também apontada como central que pode tê-lo feito pensar o tempo de forma tão peculiar. O baixo chegou ás suas mãos quando ele tocava em um conjunto de jazz durante um período em que serviu ao exército na Alemanha. Depois da dispensa, mudou-se para Los Angeles e acabou encontrando seus primeiros trabalhos como instrumentista no final dos anos 1950 até se mudar, no início dos 60, para Nova York. Sua primeira mulher, Annette Peacock, se tornaria uma compositora de vanguarda, e uma de suas primeiras parcerias se deu com o pianista canadense de free jazz Paul Bley (1932-2016). Ainda viriam nos anos 60 Miles Davis, quem acompanhou em shows ao vivo, e a gravação de álbuns importantes como Bill Evans’ Trio 64 e Albert Aylers’ Spiritual Unity. O baterista Paul Motian também se tornou um amigo de muitos trabalhos.

Seu primeiro álbum solo foi Eastward, de 1970, foi gravado durante sua fase de dois anos no Japão, com o baterista Hiroshi Murakami e o pianista Masabumi Kikuchi. Sua história ao lado de Jarrett e DeJohnette começou em 1977, quando Peacock chamou o pianista e o baterista para estarem em seu álbum Tales of Another. O trio acabou fazendo também os dois volumes do álbum do Standards Trio, em 1983, e outros discos, como Changes, de 1984, The Cure, de 1990, e Tribute de 1991.

 

Uma de suas grandes performances pode ser vista no YouTube por quase 1:45 minutos. Ele está com o Standards Trio para os shows da turnê Prism, gravada ao vivo no Koseiniki Hall, em Tokyo, em 15 de fevereiro de 1985.

Gary Peacock faleceu em 5 de setembro de 2020, aos 85 anos.

(Fonte: https://www.terra.com.br/diversao/musica – DIVERSÃO / MÚSICA / Por O Estado de S.Paulo – 7 SET 2020)

(Fonte: Zero Hora – ANO 57 – N° 19.811 – 9 SETEMBRO 2020 – MEMÓRIA / TRIBUTO – Pág: 25)

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