Franco Terranova, um dos precursores do mercado de arte no Brasil, o marchand e poeta italiano.

0
Powered by Rock Convert

Franco Terranova (Itália, Nápoles, 1923 – Rio de Janeiro, 30 de dezembro de 2013), um dos precursores do mercado de arte no Brasil, o marchand e poeta italiano.

Nascido em Nápoles na Itália em 1923, o estudante de literatura e poeta Franco Terranova vem para o Brasil em 1947, após a Segunda Guerra Mundial, o poeta tinha experiência como aviador, tendo atuado em batalhas da II Guerra Mundial. Embora tenha chegado ao país sem dinheiro, conseguiu um emprego na Petite Galerie, a diminuta casa inaugurada em 1953, em Copacabana, pelo pintor Mario Agostinelli (1915-2000).

Em um ano, Terranova já era um dos sócios do local que, posteriormente, foi transformado em um dos principais espaços expositivos do Rio de Janeiro. O sucesso cresceu quando ela passou a funcionar em Ipanema, atraindo intelectuais.

Além de vender quadros, virou personagem da cena carioca. Em 1957, marcou encontro com o escultor Frans Krajcberg, nascido na Polônia, e os dois foram juntos se naturalizar brasileiros.

Pelas mãos de Terranova, passaram obras de artistas importantes do país nas décadas de 50 (Alfredo Volpi), 60 (Carlos Vergara), 70 (Luiz Áquila) e 80 (Ernesto Neto).

Entre os anos 1960 e 1970, a galeria realizou exposições dos principais pintores modernos do Brasil, como Di Cavalcanti, Guignard, Pancetti e Volpi. Nos anos 1970, chegou a ter uma filial em São Paulo, mas era o Rio que ganhava força como espaço de vanguardas artísticas. Em 1988, após dificuldades financeiras, a Petite Galerie foi fechada.

Como poeta, Terranova lançou 13 livros e é tido como um precursor da poesia concreta por Ferreira Gullar, que assinou o prefácio de Sombras. O livro foi, também, ilustrado por um time de artistas consagrados, como Cildo Meireles, Abraham Palatnik, Frans Krajcberg e Carlos Vergara. Terranova deixa a obra Carma carnadura, que será lançada pela Réptil em 2014.

Franco Terranova morreu em 30 de dezembro de 2013, aos 90 anos, vítima de um câncer, no Rio de Janeiro.

(Fonte: 31/12/2013)
(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/12/1391806- BERNARDO MELLO FRANCO DO RIO – COTIDIANO – 31/12/2013)

Powered by Rock Convert
Share.