Foi pioneiro na área das histórias em quadrinhos

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Moacy Cirne (São José do Seridó, Rio Grande do Norte, 1943 – Natal, 11 de janeiro de 2014), considerado o mais importante pesquisador brasileiro de histórias em quadrinhos, o professor foi também poeta, artista visual e um dos fundadores, em 1967, do movimento de vanguarda Poema/Processo.

Nascido em São José do Seridó, no Rio Grande do Norte, em 1943, Cirne se especializou em narrativas gráficas e em poesia, tendo escrito diversas obras sobre essas duas vertentes da literatura.

A paixão pelo assunto nasceu quando ainda era criança. “Ela começou em Caicó, interior do Rio Grande do Norte, no final dos anos 40. O Tico-Tico (primeira revista de nível nacional a apresentar histórias em quadrinhos para o público infanto-juvenil) representava todo um mundo para mim”, esclareceu em entrevista concedida à editora da UFF.

Como pioneiro na área das HQs, assinou “A explosão criativa dos quadrinhos” (1970), “Uma introdução política aos quadrinhos” (1982), “História e crítica dos quadrinhos brasileiros” (1990), “Quadrinhos, sedução e paixão” (2000) e “A escrita dos quadrinhos” (2006). Também são de sua autoria “Vanguarda: um projeto semiológico” (1975), “A poesia e o poema do Rio Grande do Norte” (1979) e “Cinema cinema”.

O último livro de Cirne — que foi professor do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói —, “Seridó Seridós”, foi lançado no fim de 2013 com memórias, fotos, poemas e listas de livros e filmes.

Em recente artigo publicado na série O Estado da Arte do GLOBO, intitulado “Outras viagens”, ele analisou os impulsos de vanguarda e contracultura dos quadrinhos brasileiros desde a primeira metade do século XX até os dias de hoje, ressaltando os feitos de uma nova geração que transita entre as mídias impressas e eletrônicas.

“Não se trata, pois, de ruptura criativa; trata-se de novo impulso”, escreveu, ressaltando novidades como a “arte gráfico-narrativa de Rafael Coutinho, Gabriel Bá, Fábio Moon, e outros, como Rafael Grampá”.

Tanto em Natal, quanto no Rio de Janeiro, onde foi professor do Departamento de Comunicação Social Universidade Federal Fluminense (UFF), Moacy participou do Poema/Processo, movimento de vanguarda literária próxima das artes plásticas.

Moacy Cirne morreu em 11 de janeiro de 2014, aos 70 anos, em Natal, após sofrer uma parada cardíaca depois de ter sido submetido a uma cirurgia.

(Fonte: http://oglobo.globo.com/cultura – CULTURA – RIO DE JANEIRO – 11/01/14)
(Fonte: http://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2014/01 – Do G1 RN – 11/01/14)
(Fonte: Zero Hora – ANO 50 – N° 17.626 – SEGUNDO CADERNO – TRIBUTO – 13 de janeiro de 2014)

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