António Garcia, um dos pioneiros do design em Portugal

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O designer António Garcia, cujo papel foi fundamental na afirmação da disciplina em Portugal

António Garcia (Lisboa, 3 de fevereiro de 1925 – Lisboa, 17 de junho de 2015), um dos pioneiros do design em Portugal

António Garcia é um designer global, pois projetou desde o selo ao livro, do mobiliário à habitação, do hotel à fábrica. Nascido a 3 de fevereiro de 1925, aos 13 anos já desenhava as separatas com construções de armar para o jornal O Mosquito.

O designer António Garcia, cujo papel foi fundamental na afirmação da disciplina em Portugal, foi um dos pioneiros do design em Portugal e um dos criadores que teve um papel fundamental na afirmação desta disciplina no país.

António Garcia estudou na Escola António Arroio, em Lisboa, e trabalhou com António Sena da Silva na área do design gráfico. na década de 1950, criando um ateliê já no final dos anos 1970, com Daciano da Costa.

Dos seus produtos mais conhecidos destacam-se as capas dos livros para a Editora Ulisseia como o “Adeus às Armas” de Ernest Hemingway (1954) e “1984” de George Orwell (1955), os maços de tabaco SG (1964) e Ritz (1970), a fábrica da Canadá Dry (1956), os espaços para os bancos Totta (1971) e BNU (1990) e as cadeiras Gazela (1955) e Osaka (1970), esta última para o Pavilhão de Portugal na Expo de Osaka.

São da sua autoria a imagem dos maços de tabaco SG Filtro, Gigante e Ventil, que se tornaram muito populares.

Foram cerca de 100 empresas e instituições nacionais, nas áreas do Design de Comunicação, Design de Equipamento, Design de Interiores e Design de Arquitectura, pelo que os seus produtos nestas áreas estiveram e ainda estão em contacto com o quotidiano de milhares de portugueses.

Foi alvo de uma das primeiras exposições do Museu do Design e da Moda (MUDE), em 2010, que realizou uma antológica da sua obra, na sequência da qual doou todo o seu acervo ao museu, tutelado pela Câmara Municipal de Lisboa.

No dia 30 de maio, teve lugar na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, a cerimônia de Doutoramento Honoris Causa do Designer António Garcia, o primeiro Doutoramento Honoris Causa em Design pela Universidade de Lisboa e o primeiro a ser realizado na Faculdade de Belas-Artes.

Contatada pela Lusa, Bárbara Coutinho, diretora do Museu do Design e da Moda (MUDE), lamentou a morte de António Garcia

“Tive o privilégio de o conhecer, já tarde, mas foi maravilhoso descobrir a sua generosidade, o espírito de partilha para com o público e as novas gerações de criadores nesta área. Mesmo com tantos anos de experiência, era uma pessoa que continuava a maravilhar-se com tudo, sobretudo as pequenas coisas”, descreveu Bárbara Coutinho.

António Garcia morreu em Lisboa, dia 17 de junho de 2015, aos 90 anos.

(Fonte: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Cultura/Interior.aspx?content_id=4632433 – 18/06/2015)

(Fonte: http://www.fba.ul.pt – FACULDADE DE BELAS-ARTES DA UNIVERSIDADE DE LISBOA)

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