A primeira vez na história da Playboy alemã uma mulher de origem turca na capa

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Playboy alemã quebra tabu e põe mulher de origem turca na capa pela primeira vez

BERLIM – A Playboy alemã divulgou nesta segunda-feira mais fotos da polêmica edição de maio, a primeira nos quase 40 anos de história da revista no país com uma mulher de origem turca na capa.

As fotos e as declarações da atriz Sila Sahin, de 25 anos, alimentaram discussões em duas frentes complicadas: entre a ala mais conservadora da comunidade turca muçulmana – que inclui a mãe da jovem – e entre os alemães, que não escondem que integração de imigrantes é um problema sem aparente solução a curto prazo no país.

– Fiz isso porque finalmente me senti livre e espero que meus pais entendam. Espero também que possa visitar a casa deles de novo – afirmou Sila, estrela de novelas alemãs.

Estima-se que a comunidade turca na Alemanha se aproxime de 2,7 milhões. Este ano, são lembrados os 50 anos do acordo bilateral que marcou o início da imigração em massa dos turcos para o país.

Uma pesquisa publicada pela revista “Spiegel” revelou que um em cada dois turcos se sente indesejado na Alemanha, e entre as principais barreiras para a integração foi apontada a religião. A sondagem mostrou ainda que 40% dos turcos na Alemanha não gostariam de ter um cristão na família, e 28% dos alemães disseram o mesmo sobre os muçulmanos

– Para mim, as fotos são um exemplo do contraste cultural que tive na minha infância, com uma mãe bem conservadora. Sempre ouvi que sexo antes do casamento era errado e que eu tinha que rezar nas sextas-feiras, e durante muito tempo eu quis fazer tudo certo. Mas agora quero mostrar para as jovens turcas que não há problema em ser o que você quiser ser – disse a atriz, que, por conta das fotos, vem sendo alvo constante de ofensas em redes sociais na internet.

Como Sila Sahin, 44% dos turcos na Alemanha não se opõem a que mulheres façam sexo antes do casamento, cifra menos conservadora se comparada à da Turquia, onde 84% são contra. Entre os alemães, apenas 7% condenam a prática.

(Fonte: www.oglobo.globo.com – Mundo – Religião e imigração/ Por Rafael Roldão – 18/04/11)

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