Regis Bonelli, economista, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV)

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O pesquisador da Fundação Getúlio Vargas Regis Bonelli, dedicou-se aos estudos sobre desenvolvimento econômico

 

Regis Bonelli

Bonelli, durante aula magna na FGV, em 2012 | (Foto: Marcelo Carnaval)

 

 

Um dos pesquisadores que mais contribuíram para o estudo sobre os fatores que limitam o crescimento brasileiro

 

Regis Bonelli (Rio de Janeiro, 21 de novembro de 1943 – Rio de Janeiro, 13 de dezembro de 2017), economista, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Ali foi coordenador geral do Boletim Macro do Ibre, mas ao longo de 50 anos exerceu diferentes atividades acadêmicas, como no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e na PUC-Rio, e ocupou cargos em instituições públicas como o BNDES e o IBGE.

 

Ele participou do grupo que deu início às atividades do Ipea na década de 1960, com economistas como Albert Fishlow, Edmar Bacha e Marcelo de Paiva Abreu, além de Pedro Malan. Regis Bonelli foi professor por muitos anos na PUC-Rio, onde pesquisou temas como distribuição de renda e a transição econômica do país no início da década de 1990. Na universidade, fez parte do grupo que criou o mestrado de Economia na instituição.

A indústria foi o principal foco de seus estudos ao longo dos anos. Um de seus trabalhos de mais destaque foi o texto “Os limites do possível: notas sobre balanço de pagamentos e indústria nos anos 70”, publicado em 1976 na revista Pesquisa e Planejamento Econômico (Ipea), em coautoria com o ex-ministro da Fazenda Pedro Malan, com críticas à estratégia governamental da época, que culminou no endividamento do país e na crise da dívida.

Engenheiro pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Bonelli obteve seu PhD em Economia na Universidade da Califórnia, em Berkeley. Ele era membro do Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (Codace) e pesquisador associado do Instituto de Estudos de Política Econômica (Iepe), Casa das Garças.

Em sua longa atividade profissional, também atuou como consultor do Instituto de Estudos de Trabalho e Sociedade (IETS) e da Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex), além de ocupar a função de sócio-diretor da Ecostrat Consultores.

Sua trajetória profissional também abrange cargos como diretor-geral do IBGE, diretor de pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e diretor-executivo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Atuou ainda como professor do Departamento de Economia da (PUC-Rio) e foi pesquisador visitante do Centro de Estudos Brasileiros da Unversity of Oxford, Inglaterra. Foi também membro-sênior do St. Antony’s College, da mesma universidade.

Doutor em Economia pela Universidade da Califórnia em Berkeley e bacharel em Engenharia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Bonelli atuava no Ibre/FGV desde 2008, nas áreas de crescimento e desenvolvimento econômico, com destaque para a temática da produtividade.

Ele ocupou o cargo de diretor-geral do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nos anos 1980. Na década seguinte, foi diretor de Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e diretor executivo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Atualmente, além do trabalho no Ibre/FGV, atuava como pesquisador associado do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets) e como consultor da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex). Especialista em desenvolvimento econômico, Bonelli era secretário-executivo do Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (Codace) da FGV.

Além disso, Bonelli foi membro do Conselho de Administração do BNDES e do Comitê Consultor de Economia do Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq). Presidiu o Comitê Consultor de Economia da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Também foi editor-chefe da revista “Pesquisa e Planejamento Econômico”, publicada pelo Ipea.

Bonelli foi diretor-geral do IBGE (1985 a 1987) e diretor-executivo do BNDES (1994 a 1995) — nas gestões de Edmar Bacha na presidência —, e diretor de pesquisa do Ipea (1988 a 1990), além de consultor do Instituto de Estudos de Trabalho e Sociedade (Iets) e da Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex).

Entre os estudos mais recentes estão Anatomia da Produtividade no Brasil (FGV Ibre/Elsevier, coordenação e coautoria, em 2017), A Crise de Crescimento no Brasil (FGV Ibre/Elsevier, coordenação e coautoria, em 2016) e Indústria e Desenvolvimento Produtivo no Brasil (FGV Ibre/Elsevier, coordenação e coautoria, em 2015), e Ensaios Ibre de Economia Brasileira II (FGV Ibre/Elsevier, coordenação e coautoria, em 2014).

Um dos frutos do trabalho de Bonelli, foi a reconstituição das séries de contas nacionais, que permitiu a compatibilização das séries de Produto Interno Bruto (PIB) desde os anos 40.

Bonelli morreu em 13 de dezembro de 2017, aos 74 anos, de câncer de pulmão no Rio de Janeiro.

Em sua conta no Twitter, o ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa, atual professor na Fundação Getúlio Vargas e na Universidade de Brasília, lamentou o falecimento. “Hoje é um dia triste, de grande perda para o Brasil. Tive a honra de colaborar e aprender com Regis Bonelli, no IBRE/FGV. Meus sentimentos e apoio à família. O bom senso, educação e elegância de Regis nos farão muita falta.”

O secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida, também se manifestou, em seu blog: “Na minha convivência com o Regis, nas minhas várias viagens ao Rio de Janeiro, aprendi muito com as suas exposições e com os seus textos. Tinha um enorme senso de humor e me ensinou que o debate econômico pode ser feito de forma elegante, algo que é cada vez mais difícil em um mundo no qual as pessoas estão se tornado excessivamente radicais, algo que não combina com o bom debate econômico e nem com a tolerância necessária para a formação de consensos.”

(Fonte: https://oglobo.globo.com/economia – ECONOMIA / Por O GLOBO – 13/12/2017)

(Fonte: http://www.valor.com.br/brasil – BRASIL / Por Alessandra Saraiva e Fabio Pupo – 13/12/2017)

(Fonte: https://www.istoedinheiro.com.br  EDIÇÃO Nº 1048 – ECONOMIA / Por Estadão Conteúdo – 13.12.17)

Regis Bonelli

(Fonte:

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