Pioneiro da urna eletrônica no país, coordenou o primeiro teste nacional da urna eletrônica

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Pioneiro da urna eletrônica no país

Ex-presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS) e um dos responsáveis pela implantação do voto eletrônico no país, o desembargador Tupinambá Miguel Castro do Nascimento morreu dia 27 de janeiro de 2010, em Porto Alegre, aos 80 anos.
Ele sofreu complicações após uma cirurgia de câncer no estômago.

Tupinambá coordenou o primeiro teste nacional da urna eletrônica, em 1996, em Caxias do Sul. O evento comprovou a viabilidade da tecnologia e deu início a uma nova etapa do processo eleitoral no Brasil.

Nasceu em 14 de novembro de 1929, na Capital. Filho de um alfaiate e de uma costureira, foi batizado com nome de índio, Tupinambá, assim como os irmãos – Aimoré, Tapir, Nelsi, Jacira e Iara. Era Tupi, para os íntimos, e Bimbá, para os amigos de infância. Ainda jovem, gostava de cantar. Entretanto, por pressão paterna, desistiu da carreira musical para ser advogado.

Formou-se em Direito na UFRGS, em 1955, e, durante 10 anos, exerceu a advocacia. Entretanto, segundo ele mesmo, não tinha futuro, uma vez que não sabia cobrar a conta dos clientes. Ingressou no Ministério Público Estadual em 1965, atuando nas comarcas de Sobradinho, Tapes, Jaguarão, São Jerônimo e Porto Alegre. Em 1982, tornou-se procurador de Justiça. Em 1985, obteve nomeação para juiz do Tribunal de Alçada.

Em 1988, tomou posse no cargo de desembargador do Tribunal de Justiça do Estado. Dois anos depois, participou do julgamento do Caso Daudt – votou a favor da absolvição de Antônio Dexheimer. Na gestão 1996/1997, exerceu a presidência do TRE-RS. Decidiu se aposentar em 1999.

Tupinambá escreveu em torno de 30 livros técnicos sobre Direito e deu aulas na Escola Superior de Magistratura, na Escola Superior do Ministério Público e no UniRitter. Ultimamente, dedicava-se à pesquisa histórica, focada no Rio Grande do Sul, com obras sobre os heróis e os anti-heróis farroupilhas.

Apaixonado por esportes, gostava de assistir a jogos de futebol e a provas de Fórmula-1. Na década de 50, foi velocista – o terceiro mais rápido do Estado nos 100 metros. Torcedor do Cruzeiro (POA).

(Fonte: Zero Hora – Ano 46 – 28 de janeiro de 2010 – N° 16229 – Obituário/Memória – Pág; 68)

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