O primeiro artista a eliminar atravessadores

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O primeiro artista a eliminar atravessadores
Damien Hirst (1965- ), artista plástico inglês. Não bastassem as altas cifras e obras controversas como cortar ao meio um bezerro e colocá-lo entre laminas, o que é corriqueiro em sua carreira, ao leiloar suas obras Hirst deu outro choque no mercado das artes. Ele aproxima o artista dos compradores, eliminando agentes, galeristas e outros intermediários – que costumam reter cerca de 70% do valor das obras.
Hirst não é o primeiro artista a eliminar atravessadores. O pintor e escultor espanhol Pablo Picasso fez isso há 90 anos. Em 1918, ele deu adeus a seu marchand Léonce Rosenberg na exposição O Marchand, Eis o Inimigo. Mas Picasso não produzia na escala industrial de Hirst.
Um grande tubarão-tigre com as mandíbulas abertas e todos os dentes a mostra flutua no tanque de formol. A esquerda dele, em outro tanque, um pônei com chifre para fazer as vezes de unicórnio, também em formol. Sentados diante dessas obras de arte, investidores e milionários do mundo, a Sotheby’s, em Londres. A última martelada do lote alçou o inglês Damien Hirst, de 43 anos, ao posto de artista plástico contemporâneo mais rico do mundo e da história da arte.

(Fonte: Época – Nº 540 – 22 de setembro, 2008 – Mente Aberta – Artes Plásticas/Marianne Piemonte – Pág; 138)

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