Mitch Miller, o poderoso executivo musical que orientou alguns dos maiores astros da música pop.

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Descobridor de Tony Bennett

Mitch Miller (Rochester, 4 de julho de 1911 – Nova York, 31 de julho de 2010), ou Mitchell William Miller, foi cantor, maestro e produtor musical americano.

Mitch Miller, o poderoso executivo musical norte-americano que orientou alguns dos maiores astros da música pop na década de 1950 e levou os EUA a cantarem com ele no programa de televisão “Sing Along With Mitch”.

Como chefe do departamento de artistas e repertório, primeiro na gravadora Mercury Records e depois na Columbia Records, Miller descobriu, contratou, produziu e foi mentor de alguns dos cantores mais populares dos anos 1950. Ele também brigou com muitos deles –o caso mais conhecido foi o de Frank Sinatra– e sua influência diminuiu com a ascensão do rock and roll, nos anos 1960.

Miller também fez sucesso com a própria banda e teve um single que virou nº 1 nas paradas em 1955, “The Yellow Rose of Texas”. Seus álbuns de sucesso incluem vários discos feitos para serem acompanhados pelo canto dos ouvintes, tendência que acabou desembocando no programa de TV “Sing Along With Mitch” em 1961. O programa teve grande audiência, ficou no ar até 1966 e converteu Miller em celebridade.

Nascido em 4 de julho de 1911, Miller passou a infância em Rochester, Nova York, e era oboísta de formação erudita. Depois de tocar e gravar com orquestras, entrou para a gravadora Mercury e injetou novo ânimo nas carreiras de Patti Page e Frankie Lane, que teve um grande sucesso com “Mule Train”, produzido por Miller.

Alguns anos depois, ele passou a trabalhar para a Columbia, e seu dom como identificador de talentos e produtor ajudou a converter a gravadora na mais importante no setor musical norte-americano. Nesse caminho, ele contribuiu para elevar à fama de artistas como Rosemary Clooney, Tony Bennett, Jerry Vale, Marty Robbins, Johnny Mathis e Mahalia Jackson.

Ninguém negava o talento de marketing de Miller, mas muitos cantores disseram que ele era controlador demais e sacrificava a arte em nome das vendas, fazendo-os gravar canções que não faziam parte de seus gêneros típicos.

Frank Sinatra estava acostumado a escolher as canções que gravava e demonstrou desprezo aberto por Miller quando começaram a trabalhar juntos, no início dos anos 1950.

Mais tarde, outras gravadoras passaram a contratar artistas de rock que agradavam ao público mais jovem, e os artistas produzidos por Miller na Columbia começaram a perder espaço para eles. “Não é música, é uma doença”, disse ele certa vez, referindo-se ao rock.

Miller morreu aos 99 anos de idade. Sua filha, Margaret Miller Reuther, disse ao jornal “New York Times” que Miller morreu no hospital Lenox Hill, de Nova York, após uma doença de curta duração.

Miller e sua mulher, Frances, tiveram três filhos. Frances morreu em 2000.

(Fonte: http://musica.uol.com.br/ultnot/reuters/2010/08/02- ENTRETENIMENTO – MÚSICA/ Por Bill Trott De Nova York – 02/08/2010)
REUTERS
(Fonte: Veja, 12 de janeiro de 1977 – Edição n° 436 – DATAS – Pág; 68)

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