Lélia Coelho Frota, escritora, antropóloga e crítica de arte que dedicou anos à cultura brasileira, principalmente à arte popular

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Lélia Coelho Frota (Rio de Janeiro, 11 de julho de 1938 Rio de Janeiro, 27 de maio de 2010), escritora, antropóloga e crítica de arte que dedicou anos à cultura brasileira, principalmente à arte popular, foi elogiada por seus trabalhos à frente de instituições culturais: foi diretora do Instituto Nacional do Folclore, da Funarte, atual Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP) do Iphan, presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e diretora do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro.

Lélia, poetisa premiada, foi também uma das fundadoras da Editora Bem-Te-Vi. Foi pesquisadora no campo da arte popular, e teve o seu papel à frente de importantes instituições culturais do País.

Ela foi além do que pôde com todas as barreiras que à mulher são impostas. Esteve à frente e acima em inúmeros projetos e realizações. Construiu o que muitos não fizeram nem farão com igual talento e ética. 

1938 – Nasce Lélia Coelho Frota em 11 de julho, no Rio de Janeiro.

1956 – Estreia na poesia com o livro “Quinze poemas”, capa e ilustrações de Milton Dacosta.

1958 – Publica “Alados idílios”, capa de Maria Leontina, 1º Prêmio no IV Concurso de Poesia do jornal A Gazeta.

1960 – Lança “Romance de Dom Beltrão”, com ilustrações de Adão Pinheiro.

1964 – Diploma-se em Museologia, tendo estagiado no Museu de Artes e Tradições Populares de Paris.

1965 – Publica “Caprichoso desacerto”, com retrato de Maria Leontina.

1970 – Nasce seu filho João Emanuel Carneiro.

1971 – Publica a coletânea “Poesia Lembrada”, com orelha de Henriqueta Lisboa, poema de Cecília Meireles e retrato de capa de Maria Leontina.

1975 – Lança “Mitopoética de 9 artistas brasileiros: vida, verdade e obra”.

1978 – Publica “Menino deitado em Alfa”, agraciado com os prêmios Jabuti de Poesia (CBL) e Olávio Bilac (ABL). No mesmo ano, é curadora da representação brasileira na Bienal de Veneza.

1980 – Assume a direção do Centro de Documentação e Pesquisa da Fundação Rio.

1982 – Publica o livro “Ataíde”, sobre a vida e obra do pintor marianense. Assume a direção do Instituto Nacional do Folclore da Funarte. Em sua gestão, é criada a “Sala do Artista Popular”.

1986 – Publica “Veneza de vista e ouvido”, com versão para o italiano de Luciana Stegagno-Picchio e ilustrações de Maria Leontina. Lança ainda, no âmbito da crítica, o livro “Mestre Vitalino”.

1987 – Curadora da mostra “Brasil, Arte Popular Hoje”, no quadro do Projeto França-Brasil, exposta no Grand Palais. No mesmo ano, publica “Brasil: arte popular hoje”.

1988 – É curadora da representação brasileira na Bienal de Veneza.

1989 a 1990 – É coordenadora e curadora, pelo Ministério da Cultura, da instalação da Exposição Permanente de Arte Popular Brasileira, no Centro Cultural de São Francisco, em João Pessoa, Paraíba. Em parceria com Gastão de Holanda, Jacques Leenhardt e Bernd Krüger, publica “Roberto Burle Marx: uma poética da modernidade”.

1993 – Publica “Tiradentes: retrato de uma cidade”.

1995 a 1996 – É coordenadora, pela Secretaria de Estado da Cultura de Minas Gerais, do programa “Apoio ao Desenvolvimento Cultural do Vale do Jequitinhonha”. Publica “Brio”, com prefácio de Benedito Nunes e ilustrações de Maria Leontina.

1997 – Participa com texto crítico do livro “Guignard: arte, vida”.

1999 – Como diretora do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, produz o disco “Mangueira, Samba de Terreiro e Outros Sambas”.

2002 – Participa da gravação do álbum “Reunião – O Brasil dizendo Drummond” (com Chico Buarque, Antonio Cícero, Adélia Prado, entre outros).

2005 – Publica “Pequeno dicionário da arte do povo brasileiro, século XX”, reunindo 150 artistas populares “representativos da criação no século XX”.

2008 – Publica “Fruits”, edição francesa com ilustrações de Béa Jomelli-Robert e, na crítica, “Maria Leontina: pintura sussurro”.

27 de maio de 2010 – Falece Lélia Coelho Frota no Rio de Janeiro.

2012 – Em edição de luxo, é lançada a “Poesia Reunida” de Lélia Coelho Frota, abrangendo 50 anos de poesia (1956 – 2006) e alguns dos principais textos críticos sobre sua obra, pela Editora Bem-Te-Vi, da qual Lélia foi editora executiva.

A Editora Bem-Te-Vi prestou homenagem a Lélia Coelho Frota, em 14 de março de 2013, com o lançamento do livro “Poesia reunida – Lélia Coelho Frota (1956-2006)” na Livraria Argumento, no Leblon.

Lélia Coelho Frota morreu em 27 de maio de 2010.

(Fonte: http://lulacerda.ig.com.br – Lu Lacerda – 15/03/2013)

(Fonte: http://www.vidaslusofonas.pt – BIOGRAFIAS/ Por Mariana Ianelli)

BIBLIOGRAFIA

FROTA, Lélia Coelho. “Poesia Reunida (1956 – 2006)”, Bem-Te-Vi, Rio de Janeiro, 2012.

_________________.“Ataíde”, Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982.
_________________. “Tiradentes: retrato de uma cidade”, Rio de Janeiro/Tiradentes: Campos Gerais/Fundação Rodrigo Mello Franco de Andrade, 1993.
FROTA, Lélia Coelho; AYALA, Walmir; GULLAR, Ferreira; FILHO, Paulo Venancio. “Maria Leontina: pintura sussurro”, São Paulo: Arauco, 2008.
BOAVENTURA, Maria Eugenia (org.). “Mário Faustino – De Anchieta aos Concretos”, São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
MENDES, Murilo. “Contemplação de Ouro Preto”, Ministério da Educação e Cultura, Serviço de Documentação, 1954.
COELHO, Nelly Novaes Coelho. “Dicionário crítico de escritoras brasileiras”, São Paulo: Escrituras, 2002.
NUNES, Benedito (org.). “Mário Faustino – Poesia-Experiência”. São Paulo: Perspectiva, 1977.

 

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