Lee Morgan, foi membro da banda de Dizzy Gillespie e ganhou projeção no Jazz Messengers, grupo liderado pelo baterista Art Blakey

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Um crime que chocou o mundo do jazz

Edward Lee Morgan (Filadélfia, 10 de julho de 1938 – Nova York, 19 de fevereiro de 1972), trompetista de jazz norte-americano.

Ele surgiu no cenário da música dos EUA como membro da banda de Dizzy Gillespie e ganhou projeção no Jazz Messengers, grupo liderado pelo baterista Art Blakey.

 

Lee Morgan, foi membro da banda de Dizzy Gillespie e ganhou projeção no Jazz Messengers, grupo liderado pelo baterista Art Blakey (Foto: Fanart.tv/ Reprodução)

 

Dirigido pelo sueco Kasper Collin, o filme conta a história do trompetista Lee Morgan e sua esposa, Helen. Em fevereiro de 1972, Helen matou Lee a tiros dentro de um clube de jazz lotado onde o músico se apresentava. Lee tinha 33 anos.

Os dois personagens são fascinantes. Helen era uma mulher bonita e carismática que teve uma juventude miserável no interior do país, chegou a Nova York e logo se enturmou com músicos de jazz.

Lee era um prodígio do trompete. Segundo o filme, ele foi recrutado para a banda de Dizzy Gillespie aos 16 anos de idade e começou a gravar para o lendário selo Blue Note aos 18. Tocou em “Blue Train” (1957) com John Coltrane, e aos 20 anos já era um astro da banda The Jazz Messengers, liderada por Art Blakey.

Um de seus companheiros no The Jazz Messengers era o saxofonista Wayne Shorter, que é entrevistado no filme e fala de Lee com uma reverência impressionante.

Lee teve três anos muito produtivos com a banda de Art Blakey, mas acabou viciado em heroína (aparentemente, por influência do próprio Blakey). Largou o grupo em 1961 e passou dois anos literalmente na rua, morando em abrigos e e pedindo esmola. Foi o encontro com Helen que o tirou da sarjeta e o ajudou a retomar a carreira.

O filme é quase todo construído a partir de uma entrevista de Helen gravada por um fã de jazz um mês antes da morte dela. Helen conta sua vida com Lee e relata em detalhes a noite em que matou o marido. Sua franqueza e arrependimento são comoventes.

Ao dividir a atenção entre Lee e Helen, “I Called Him Morgan” foge de alguns clichês do documentário biográfico. Mais que contar a vida de dois personagens, o filme tenta explicar como a relação dos dois salvou – e em seguida acabou – com a vida de Lee. É uma história muito triste, contada com talento pelo diretor Collin, e com uma trilha sonora fora de série.

(Fonte: https://blogdobarcinski.blogosfera.uol.com.br/2017/08/04 – ENTRETENIMENTO/ Por André Barcinski – 04/08/2017)

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