Johannes Rau, ex-presidente alemão e ex-chefe do Partido Social-Democrata (SPD)

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Johannes Rau (Wuppertal, 16 de janeiro de 1931 – Berlim, 27 de janeiro de 2006), ex-presidente alemão e ex-chefe do Partido Social-Democrata (SPD).  Foi um social-democrata convicto, um membro praticante da Igreja protestante e um grande amigo de Israel, defendendo a reconciliação com o Estado hebraico.

Conhecido por sua maneira franca de falar, o oitavo presidente da República Federal da Alemanha, nascida dos escombros do nazismo, exerceu seu mandato de 1999 a 2004 imune às confusões políticas, o que lhe rendeu enorme popularidade na Alemanha.

Devido a seu tom de pregador e freqüentes alusões bíblicas, Johannes Rau ganhou o apelido de “Irmão Johannes”. Ele defendeu o fim da exclusão social, uma globalização com rosto humano, o diálogo inter-religioso e a amizade com Israel.

Em 1987, ele perdeu a eleição para o cargo de chanceler para Helmut Kohl (cristão-democrata). No dia 16 de fevereiro de 2000, foi o primeiro chefe de Estado alemão a discursar perante o Knesset, em alemão, a língua dos responsáveis pelo Holocausto, com a autorização expressa do parlamento israelense. Fez cerca de trinta viagens a Israel. O presidente do Conselho Central dos Judeus da Alemanha, Paul Spiegel, estimou “a comunidade judaica alemã e o Estado de Israel haviam perdido um amigo próximo e certo”.

Seu comprometimento europeu era outra de suas prioridades. Em 2003, em Gdansk, com o presidente polonês Aleksander Kwasniewski, ele declarou que os europeus “não deveriam fazer mau uso da memória e do luto”, relembrando sem cessar os ferimentos da Segunda Guerra Mundial.

O social-democrata também havia cultivado uma imagem terceiro mundista, ao realizar várias longas viagens ao sul do planeta.

Ex-ministro-presidente da Renânia-do-Norte-Wesfália de 1978 a 1998, o Lander (espécie de região) mais populoso da Alemanha, Rau contribuiu para a difícil reestruturação do Vale do Ruhr, cujas indústrias mineradora e siderúrgica passaram a atrair tecnologia de ponta.

Por muito tempo próximo do ex-ministro da Economia Oskar Lafontaine e da esquerda do Partido Social-Democrata (SPD), ele participou, desde a adolescência, da ala da Igreja protestante que se opunha ao regime nazista.

Johannes Rau defendia um humanismo social e consensual impregnado de um profundo sentimento religioso.

O presidente da Igreja evangélica alemão, Wolfgang Huber, prestou homenagem a um “homem que viveu de maneira convicta os valores cristãos” que professava. Johannes Rau foi membro do Sínodo da Igreja protestante da Renânia durante vários anos. Paralelamente, ele trabalhou como jornalista num jornal da Renânia.

“Patriota”, mas não “nacionalista”, este filho de uma família originária de Wuppertal (oeste) entrou na política em 1957 “porque se recusava a aceitar a divisão da Alemanha”.

Quase 50 anos depois, o ex-presidente, no tradicional “discurso berlinense” de fim de mandato, em 2004, criticou o pessimismo das elites alemãs.

Ele era casado com Christina Delius, filha do ex-presidente social-democrata Gustav Heinemann (1899-1976), com a qual tinha três filhos.

Johannes Rau morreu em Berlim, dia 27 de janeiro de 2006, aos 75 anos.

 

(Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/afp/2006/01/27/ult34u146297 – Internacional – ÚLTIMAS NOTÍCIAS – Por Jean-Louis de la Vaissiere – BERLIM, 27 jan (AFP) – 27/01/2006)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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