Bernard Greenhouse, um dos maiores violoncelistas do mundo

0
Powered by Rock Convert

 

 

 

Na foto (do inicio dos anos 80) está o Trio, fundado em 1955, referência para a música de câmara - e que teve, como violoncelista em sua ultima formação, nosso Antonio Meneses.

Na foto (do inicio dos anos 80) está o Trio, fundado em 1955, referência para a música de câmara – e que teve, como violoncelista em sua ultima formação, Antonio Meneses.

 

Bernard Greenhouse ( – ), um dos maiores violoncelistas do mundo

Figura de proa na música do século XX, Bernard Greenhouse – violoncelista fundador do Beaux Arts Trio, com Menahem Pressler e Isidore Cohen, solista, professor

Figura de proa na música do século XX, Bernard Greenhouse – violoncelista fundador do Beaux Arts Trio, com Menahem Pressler e Isidore Cohen Daniel Guillet (Guillet ficou no TBA até 1969, quando foi substituido por Cohen), solista, professor. O New York Times faz um longo e detalhado obituário  deste músico espetacular.  O Trio, fundado em 1955, referência para a música de câmara – e que teve, como violoncelista em sua ultima formação, nosso Antonio Meneses.

Greenhouse faleceu em sua casa, em Welfleet, Massachussets, cidade à beira-mar. Ele integrou o Trio até 1987, fazendo gravações históricas – a mais celebrada delas, lembra o NYT, o ciclo de 43 trios de Haydn. Ainda segundo o ótimo artigo, Greenhouse iniciou a carreira timidamente como solista, numa época em que o violoncelo ainda era pouco mais que um obscuro instrumento de naipe (até que Pablo Casals apareceu como instrumentista de grande popularidade). Com um domínio extraordinário do cello, Greenhouse foi também um professor vocacional. Um de seus alunos é o brasileiro Gustavo Tavares, que fez seu doutorado em Nova Jersey. Gustavo, profundamente triste, mandou um recado ao Blog: “no momento, só consigo dizer que perdi um grande amigo”. Em depoimento no livro sobre Meneses, Tavares diz: “Greenhouse dizia que existe uma técnica para se tocar violoncelo e outra para se fazer música. Ele é o grande mestre da expressividade, sempre se guiou pela sensorialidade, pelo tátil”.

Meneses, da Suiça, lembra que, ao assitir uma aula de Greenhouse, teve uma espécie de epifania em relação a uma necessaria evolução de sua técnica. E que, desde então, passou a combinar diversas abordagens visando ao melhor resultado.

Iniciando-se no cello aos 8 anos, o americano (nascido em Newark, pertinho de Nova York) ouviu do pai que ia morrer de fome tocando em casamentos e festas – segundo ele mesmo contou, numa entrevista de 2009. Ingressou na Julliard e se formou com honras em 1939, tornando-se spalla da CBS Orchestra. Seu mentor foi Emanuel Feuermann, nome que brilhou logo atrás de Pablo Casals e que morreu cedíssimo, aos 39 anos. Durante a Segunda Guerra, Greenhouse tocou na Marinha – cello e também oboé! No final da Guerra, foi procurar Casals no exílio auto-imposto na França – e conta que o espanhol só o recebeu em troca de uma doação de cem dólares à causa antifascista na Espanha! Depois de ouvi-lo, Casals concordou em dar aulas. Foi um ano de treinamento. De volta aos EUA, fez sua estreia como solista em 1946.

 

Isidore Cohen morreu aos 95 anos, nessa sexta

(Fonte: http://oglobo.globo.com/blogs/clubedomaestro/posts/2011/05/15/morre-um-dos-maiores-violoncelistas-do-mundo-380546 – Enviado por Ricardo Prado – 15.05.2011)

 

 

 

 

 

 

 

Powered by Rock Convert
Share.