Herberto Salles, jornalista e romancista de (“Cascalho” 1944)

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Herberto Salles (Andaraí, 21 de setembro de 1917 – Rio de Janeiro, 13 de agosto de 1999), jornalista e romancista de (“Cascalho” 1944), estreia do escritor andaraiense e (“Além dos Marimbus”). No governo José Sarney é nomeado assessor da Presidência da República, até quando, em 1986 foi a Paris, na condição de adido cultural da Embaixada do Brasil.
O filme baiano “Cascalho”, primeiro longa-metragem de Tuna Espinheira, conhecido documentarista, foi lançado nacionalmente no dia 31 de outubro, em Salvador.

Totalmente filmado em Andaraí, na Chapada Diamantina, o filme conta a saga dos garimpeiros da região na primeira metade do século passado, e suas disputas com os coronéis. No elenco, atores baianos como Wilson Melo, Harildo Deda, Othon Bastos (foto), o feirense Irving São Paulo (falecido), Gildásio Leite, Caco Monteiro, Lúcio Tranchesi, Maria Rosa Espinheira, dentre outros.
Ganhador do Prêmio Fernando Cony Campos, edital de roteiro da Secretaria de Cultura da Bahia, em 2001, como Melhor Roteiro, Tuna Espinheira roteirizou o romance “Cascalho”, estréia do escritor andaraiense Herberto Salles (1917-1999), lançado em 1944.

“Cascalho” concorreu com outros cinco filmes no 37º Festival de Brasília, sendo o único filme fora do eixo Rio-São Paulo a ser selecionado, enquanto que ganhou o Prêmio de Melhor Filme no 1º Festival de Cinema de Macapá – O Cinema no Meio do Mundo.

Sinopse.

A corrida febril em busca das pedras preciosas (o carbornato e o diamante) atraiu para a Chapada Diamantina toda espécie de gente, como aventureiros, negociantes, prostitutas e, principalmente aqueles que seriam os personagens centrais, os garimpeiros.

Uma terra de ninguém, sem lei e sem alma, onde todo o poder emanava do “coronel”, definia o cenário dramático daquele local. Seus viventes, movidos pela ambição, sonhos e delírios, entregavam a alma a Deus, naquele meio de riscos sem fim, enfeitiçados pela descoberta de uma pedra de valor, a que se dava o nome de “bamburrar”.

Terras, serras, rios e o leito dos rios, estavam grilados, ali só se mexia, trabalhava, com a licença e pagamento aos “coronéis”. Capangas e jagunços garantiam esta dura realidade.
Segundo Tuna Espinheira, o filme se propõe a ser um grande mural, retratando, em fragmentos, alguns quadros, sem se ater a uma história desenvolvida deste ou daquele personagem. Os acontecimentos se passam na década de 30, últimos momentos da era da colheita do diamante. Quando ainda se propalava:
“Diamante dá à flor da terra”, ou “dá até em moela de galinha”.

(Fonte: Veja, 29 de setembro de 1971 – Edição n° 160 – DATAS – Pág; 46)
(Fonte: www.abraspet.org.br)

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