Henry Moore, artista plástico inglês, um dos maiores escultores do século XX

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Henry Moore e Kew Gardens 563

Henry Moore e Kew Gardens 563

 

 

Henry Moore (Castleford, West Yorkshire, 30 de julho de 1898 – Much Hadham, 31 de agosto de 1986), artista plástico inglês, que se enveredou por novas ideias, inspiradas sempre em seixos, conchas e tocos de madeira, foi um dos maiores escultores do século XX. Em suas centenas de esculturas, espalhadas por mais de noventa cidades de todo o mundo, Moore criou uma obra marcadamente pessoal, alheia aos movimentos e modas artísticos.

 

Nascido em Castleford, na região do Yorkshire, neto e filho de humildes mineiros, Henry Moore descreveu uma das mais irretorquíveis trajetórias até ser considerado o mais importante artista do século de seu país e sem dúvida um dos renovadores da arte escultural contemporânea.

 

Moore foi um dos primeiros escultores a encarar a figura humana como objeto, recriando-a sem contudo aviltar o tema original, e procurando integrá-la na paisagem. “Penso que a natureza é uma interminável demonstração de desenho e forma”, ele diz.

 

Suas características mais notáveis foram as peças enormes, o apego às formas do corpo humano e, principalmente, as curvas delicadas, generosas e maternais. Colocadas ao ar livre, suas figuras reclinadas e mães segurando filhos, sempre compactas e delicadas, contrastam com os espaços abertos, dando uma noção de intimismo e aconchego.

 

Sétimo filho de um mineiro de carvão, Moore começou a esculpir aos 10 anos de idade. Lutou na França durante a I Guerra Mundial e só depois dela cursou uma escola de artes. Suas maiores influências foram a arte maia, as máscaras africanas e o Renascimento italiano. O escultor decompôs a figura humana, reduziu-a a elementos essenciais, mas nunca a transformou em símbolo abstrato.

 

Talvez por isso tenha sido mais popular que o suíço Giacometti (1901-1966) e o romeno Brancusi (1876-1957), dois abstracionistas que também marcaram a escultura do século XX.

 

Desde que começou sua carreira, por volta de 1920, seu trabalho conheceu várias fases. Dos planos nitidamente rudes e mais acentuados, passou para o período de forma mais estilizadas e, finalmente, se fixou nos conjuntos atuais, que exibem contrastes entre imensas superfícies sólidas e espaços vazios.

 

O melhor exemplo são suas figuras reclinadas, sugerindo mãe e criança. Nelas é possível distinguir influências de Michelangelo, Brancusi e Picasso, escondidas porém atrás de um estilo próprio, volúvel e vigoroso. E o próprio Moore reconhece que procurou ter “a liberdade para esculpir que James Joyce possuía para lidar com as palavras”.

 

Moore morreu dia 31 de agosto de 1986, aos 88 anos, em Much Hadham, na Inglaterra.

(Fonte: Veja, 10 de setembro de 1986 – Edição 940 – Datas – Pág; 97)
(Fonte: Veja, 12 de julho de 1989 – Edição 1087 – ARTE/ Por Angélica de Moraes – Pág; 137/138)

(Fonte: Veja, 30 de janeiro de 1974 – Edição 282 – ARTE/ Por Marinho de Azevedo – Pág: 82)

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