H.R. Giger, projetou o monstro e os cenários de ficção científica do filme “Alien, o Oitavo Passageiro”

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H.R. Giger, designer suíço criador do Alien, o oitavo passageiro

H.R. Giger (Chur, no leste da Suíça, em 5 de fevereiro de 1940 – Zurique12 de maio de 2014), artista plástico, lenda do design cujo portfólio inclui uma série de impressionantes capas de álbuns e a imagem assustadora do alienígena na saga “Alien”. O artista surrealista H.R. Giger, criou os monstruosos e revolucionários monstros e cenários do filme “Alien, o Oitavo Passageiro”.

Seu trabalho como artista explorou a relação entre o corpo humano e a máquina, e ele criou imagens surrealistas de seres humanos fundidos com peças industriais, um estilo que descreveu como “biomecânica”.

Filho de um químico, Giger se chamava Hans Rudolf e nasceu na cidade de Chur, no leste da Suíça, em 1940.

Seu trabalho mais conhecido são os alienígenas do clássico de horror/ficção científica de Ridley Scott. Pelo trabalho, ele ganhou o Oscar de efeitos especiais em 1980.

Mas nessa época Giger já tinha um currículo extenso, tendo ilustrado capas de álbuns de artistas como Emerson, Lake & Palmer, Debbie Harry (Blondie) e Danzig, entre outros.

Giger estudou arquitetura e design industrial em Zurique. Seu trabalho explora as relações entre o corpo humano e as máquinas, dando origem a assustadoras imagens que ele descrevia como “biomecânicas”.

Em Hollywood, também trabalhou no design de outros filmes como “A experiência”, “Poltergeist II” e “Duna”.

Na época, Giger deixou claro que só fazia capas de discos se gostasse das músicas. Além disso, revelou também que apenas cinco obras foram feitas especialmente para uma banda ou artista.

— A primeira foi para uma banda chamada Walpurgis, em 1969; depois para o disco do Emerson Lake & Palmer “Brain salad surgery”, em 1973; o solo de Debbie Harry, “Koo Koo” em 1981; e o do Steve Stevens. Todas as demais, incluindo a do Danzig para “How the Gods kill”, eu apenas licenciei imagens de meus livros, já prontas.

Em 1998, Giger abriu seu próprio museu na cidade suíça de Gruyere. Lá são exibidas pinturas, esculturas e outras peças, além de sua coleção privada de arte, que inclui trabalhos de Salvador Dalí.

O artista plástico se lançou em várias áreas durante a carreira, incluindo pintura, cenografia, ilustração e escultura. Giger constituiu a imagem do alienígena com dentes afiados e pele viscosa que se tornou icônico desde o primeiro filme da série, “Alien”, de Ridley Scott, lançado em 1979. O artista ganhou Oscar de Efeitos Especiais pelo trabalho. Giger também foi responsável pelo design do filme “A Experiência” (1995).

Com inspiração no surrealismo e no sci-fi, suas obras são ricas em detalhes e carregam forte influência da arquitetura e design industriais. Construiu, através de sua obra, híbridos fantasmagóricos entre o orgânico e o mecânico.

 

Cinema e música
Giger criou uma série de capas de discos para Debbie Harry (“Koo Koo”, de 1981), Emerson, Lake and Palmer (“Brain Salad Sugery”, de 1973) e Joel Vandroogenbroeck (“Biomechanoid”, de 1980). No álbum “Frankenchrist” (1985), o Dead Kennedys usou a pintura Landscape XX (ou Penis Landscape) como pôster, o que rendeu um processo à banda. Um de seus trabalhos mais conhecidos é a série de imagens “Necronomicon”.

Sua participação em “Alien” começou em 1975, quando chamou a atenção do roteirista Dan O’Bannon enquanto trabalhava com o cineasta chileno Alejandro Jodorowski numa versão de “Duna” jamais concretizada. O’Bannon mostrou a Scott o livro do suíço com as obras de “Necronomicon”, que acabou o convidando para integrar a equipe do filme. Em 1992, ele voltou a trabalhar com o diretor David Fincher em “Alien³”.

Inaugurado em 1998 no interior de um castelo de mais de 400 anos, o Musuem H.R. Giger abriga a maior coleção deste artista plástico na cidade de Gruyères, na Suíça francesa.

Arte incompreendida

Embora seja considerado um dos artistas mais ousados de sua época, Giger e sua obra ainda muitos vezes foram incompreendidos (e rejeitados) por jornalistas e outros profissionais da área artística.

“Seria fantástico se realmente houvesse unanimidade sobre sua arte. Normalmente, os artistas que conseguem mergulhar no mais íntimo do seu trabalho são vistos como controversos ou perturbadores”, lamentou a mulher dele, Carmen Giger, ao UOL, durante uma visita no museu em 2013.

A arte de inconfundíveis traços mórbidos e surreais causa fascínio até hoje, mesmo depois de mais de três décadas após o lançamento do primeiro “Alien”. Carmen, que também é diretora do museu, acredita que isso se deve à qualidade atemporal e honestidade de sua obra, que fascina inclusive a geração mais jovem e que não cresceu com imagens clássicas do “Alien” e do “Poltergeist 2”, outra contribuição de Giger para a indústria cinematográfica.

“As coisas assustadoras me satisfazem”, afirmou o artista em um dos trechos de “H.R. Giger Revealed”, documentário lançado em 2010, em que o cineasta David N. Jahn percorre um caminho em que o público custa distinguir o limite entre arte e as próprias questões psicológicas de Giger.

O artista já não concedia mais entrevistas, o que talvez torne sua obra ainda mais fascinante e misteriosa, embora Carmen faça questão de lembrar que Giger nunca tenha tido tal intenção. “Após uma vida dedicada às artes, tudo o que havia para ser dito já foi explicado em entrevistas”, afirmou ela, categoricamente.

O artista suíço Giger morreu em 12 de maio de 2014, aos 74 anos, após uma queda das escadas de sua casa, em Zurique.

 

(Fonte: http://entretenimento.uol.com.br/noticias/redacao/2014/05/13- ENTRETENIMENTO – Do UOL, em São Paulo – 13/05/2014)

(Fonte: http://oglobo.globo.com/cultura -12468345 – CULTURA – RIO DE JANEIRO — Publicado: 

(Fonte: http://br.reuters.com/article/entertainmentNews/idBRKBN0DT16B20140513 – ZURIQUE (Reuters) – NOTÍCIAS – CULTURA – (Reportagem de Caroline Copley) – 13 de maio de 2014)

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