Gontran Guanaes Netto, artista plástico, era autor de painel no metrô Marechal Deodoro

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Gontran Guanaes Netto, autor de painel no metrô Marechal Deodoro

 

O artista plástico Gontran Guanaes Netto em 2011 (Foto: Moacyr Lopes Junior / FOLHAPRESS)

 

Gontran Guanaes Netto (Vera Cruz, 1933 – Paris, na França, em 25 de novembro de 2017), artista plástico

Netto ficou mundialmente conhecido por retratar em suas obras a imagem do oprimido, além de trazer à tona os dramas e as torturas que ocorreram durante o período da ditadura militar.

Guanaes Netto era conhecido no Brasil e no mundo pela forte conexão entre produção artística e postura política. O artista era contra arte que visasse o capital e, por isso, não expunha em galerias.

Entretanto ele possui obras no acervo do MAM-SP. Seus trabalhos retratam figuras populares e denunciam a opressão e os arbítrios do regime ditatorial no Brasil e de governos semelhantes na América do Sul. Ele assina painéis expostos nas estações Marechal Deodoro e Corinthians-Itaquera do metrô paulistano, em São Paulo.

ARTE = POLÍTICA

Nascido em Vera Cruz, Gontran teve sua formação como artista e como militante em São Paulo, nas décadas de 1950 e 1960, época marcada por grande agitação cultural e produção ideológica.

Vinculou-se ao Partido Comunista Brasileiro, atuando junto às células da legenda no bairro do Ipiranga, e, depois, no Teatro de Arena, ao lado de atores como Gianfrancesco Guarnieri (1934-2016), Juca de Oliveira e Paulo José.

Nas artes, vinculou-se à chamada “pintura social figurativa”, trabalhando ou estudando com artistas como Di Cavalcanti (1897-1976), Tarsila do Amaral (1886-1973), Cândido Portinari (1903-1962) e Livio Abramo (1903-1993).

O artista deixou o Brasil em novembro de 1969, ameaçado pelo recrudescimento da ditadura militar —ele já havia sido preso duas vezes graças à defesa do socialismo em sua produção e, em particular, à atuação junto ao PCB.

Desde então e até 1985, quando retornou a um Brasil em processo de redemocratização, ele viveu em Paris, na França, onde estabeleceu conexões com a cena artística local, especialmente com nomes como o argentino Julio Le Parc, o francês Ernest Pignon-Ernest e o uruguaio Jose Gamarra.

Em sua concepção, reforçada pelo contato com as vanguardas europeias ao final da década de 1960, a arte era desvinculada dos interesses mercadológicos e a produção artística era um instrumento para a luta entre trabalhadores e classes dominantes, no contexto da Guerra Fria.

Daí a crítica identificar uma produção rarefeita até 1964, também em decorrência da concorrência entre as atuações como artista e como militante político.

Gontran Guanaes Netto morreu em Paris, na França, em 25 de novembro de 2017, aos 84 anos. O pintor não resistiu a complicações decorrentes de dois AVCs (Acidente Vascular Cerebral) que sofreu em 2016 e que o deixaram internado até setembro.

(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2017/11 – ILUSTRADA – ARTES PLÁSTICAS/ Por ISABELLA MENON E RAFAEL GREGORIO SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – 25/11/17)

(Fonte: https://www.bemparana.com.br/noticia – Televisão e Gente – Folhapress 25/11/17)

(Fonte: http://www.dgabc.com.br/Noticia – Diário do Grande ABC – Cultura & Lazer – 25/11/2017)

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