Albino Manique, músico e acordeonista, considerado um ícone da música tradicionalista, foi fundador do grupo Os Mirins, ao lado de Francisco Castilhos, a parceria com Antoninho Duarte e, depois, com Oscarzinho resultou no consagrado grupo, foi agraciado com o Troféu Guri, iniciativa do Grupo RBS que reconhece personalidades gaúchas que se destacam em suas áreas de atuação, promovendo o Rio Grande do Sul para o Brasil e o mundo

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Albino Manique, ícone da música tradicionalista do RS e gaiteiro consagrado

Fundador do grupo Os Mirins, era lenda da música tradicionalista

Albino Manique tornou-se um dos maiores acordeonistas do RS e Brasil. (Crédito da fotografia: Cortesia © Copyright All Rights Reserved/ Albino Manique / Divulgação/ TODOS OS DIREITOS RESERVADOS)

 

Albino Batista Manique (nasceu em 12 de março de 1944, em São Francisco de Paula/RS – faleceu em 25 de abril de 2024, em Porto Alegre), músico e acordeonista, foi fundador do grupo Os Mirins. O artista, natural de São Francisco de Paula, na Serra do Rio Grande do Sul, era considerado um ícone da música tradicionalista e um dos maiores gaiteiros da história.

A carreira de Albino Manique começou aos 12 anos, ao lado de Francisco Castilhos (1942-2003), com quem formou a Dupla Mirim. Mais tarde, a parceria com Antoninho Duarte e, depois, com Oscarzinho resultou no consagrado grupo Os Mirins.

Um de seus ícones musicais e legado marcante como um dos mais renomados gaiteiros do Brasil, seu estilo único serviu de inspiração para várias gerações de músicos.

Em 2014, Albino Manique foi agraciado com o Troféu Guri, iniciativa do Grupo RBS que reconhece personalidades gaúchas que se destacam em suas áreas de atuação, promovendo o Rio Grande do Sul para o Brasil e o mundo.

“Não tem gaiteiro que não fale que o Albino foi a referência no jeito de tocar, na maneira de compor e um cara que sempre foi de uma categoria muito grande. Vai deixar muitas saudades, mas, com certeza, nunca vai se deixar de falar na história do Albino Manique”, afirmou ao g1 o apresentador do Galpão Crioulo, da RBS TV, Neto Fagundes.

Trajetória

Manique iniciou a trajetória na música aos sete anos, em São Francisco de Paula. Aos 11, mudou-se para Porto Alegre em busca de seu sonho: consolidar-se no cancioneiro gaúcho. E conseguiu, tornando-se um dos mais reverenciados acordeonistas do Rio Grande do Sul e do Brasil.

Ainda na década de 1950, conseguiu participar de programas de rádio na Capital, onde começou a projeção para o Estado. Durante a trajetória musical, gravou mais de 40 trabalhos, seja solo, ou com a Dupla Mirim — ao lado de Francisco Castilhos — que, mais tarde, passou a se chamar Os Mirins. Estima-se que tenha sido autor de mais de 300 canções.

Ao lado de Chico Castilhos, Manique gravou o primeiro disco em 1961, intitulado Barbaridade. Oito anos mais tarde, em 1969, o artista fez a sua estreia solo, com o álbum Alma de Acordeon. Porém, não deixou de lado o trabalho com Os Mirins. Tanto que a nova empreitada fora do grupo foi ocorrer apenas em 1978, quando lançou o disco Baile de Candeeiro, no qual foram gravados os sucessos Madrugada e Baile de Candeeiro, que chegou a ser tema de abertura do Galpão Crioulo, entre 1982, ano da estreia do programa, até 1984.

Muito requisitado no meio por conta de seu grande talento, Manique era também um músico de estúdio. Foi responsável por fazer os arranjos e gravar o acordeom de diversos grupos e cantores do Estado. O artista, por exemplo, esteve envolvido em obras de César Passarinho, Velho Milongueiro, Gaúcho da Fronteira, entre muitos outros.

— Eu sempre saliento isso: esse negócio de fazer nome, não é só tocar, é uma trajetória. É uma série de coisas, batalha, sacrifício, humildade. Isso é importante. Se dar bem com as pessoas, apesar de eu não ser muito simpático — disse Manique, em 2019, em entrevista para a websérie Falando em Gaita.

Em 2014, o artista recebeu o Troféu Guri, prêmio do Grupo RBS que é concedido a personalidades que promoveram o Estado em suas respectivas áreas.

— Eu me sinto lisonjeado pela homenagem. É gratificante ter o reconhecimento de um trabalho que realizamos há 50 anos e, também, pelo esforço que temos para desenvolver a música gaúcha — disse na época.

 Albino Manique faleceu na manhã da quinta-feira (25), em Porto Alegre. Ele tinha 80 anos.

De acordo com familiares, Manique enfrentava problemas de saúde em razão de um câncer de pulmão. Ele estava hospitalizado há cerca de três semanas.

O músico deixa três filhas.

O velório de Albino Manique foi na Capela C do Cemitério São Miguel e Almas.

Segundo o irmão do músico, Dinarcy Manique, ele estava internado havia cerca de 20 dias. O acordeonista chegou a receber alta no período, mas teve de voltar ao hospital no dia seguinte. Manique vinha enfrentando diversos problemas de saúde decorrentes de um câncer de pulmão, que acabou se espalhando para outros órgãos.

(Créditos autorais: https://gauchazh.clicrbs.com.br/cultura-e-lazer/musica/noticia/2024/04 – CULTURA E LAZER/ MÚSICA/ NOTÍCIA/ por CARLOS REDEL – 25/04/2024)

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(Créditos autorais: https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2024/04/25 – Globo Notícias/ RIO GRANDE DO SUL/ NOTÍCIA/ Por RBS TV e g1 RS – 

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