Françoise Giroud, fundou a primeira “news magazine” (revista semanal de notícias) na França, “L’Express”

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Ela ajudou a reformular a imprensa feminina europeia no pós-guerra

Francoise Giroud ajudou a reformular a imprensa feminina europeia no pós-guerra em foto datada em dezembro de 1949 - (Foto:Getty Images)

Francoise Giroud ajudou a reformular a imprensa feminina europeia no pós-guerra em foto datada em dezembro de 1949 – (Foto:Getty Images)

Françoise Giroud (Lausanne, 21 de setembro de 1916 – Neuilly, Paris, 19 de janeiro de 2003),  jornalista, escritora e ex-ministra francesa, uma das protagonistas do jornalismo moderno e da liberação feminina na França. Françoise foi a única mulher que dirigiu um meio de comunicação durante 20 anos -a revista “L’Express”.

A jornalista francesa Françoise Girou fundou a revista L’Express, que dirigiu por 20 anos, e foi ministra da Cultura e da Condição Feminina no governo Giscard D’Estaing.

Desde 1993 escrevia sobre televisão para “Le Nouvel Observateur”. Foi ministra da Condição Feminina de 1974 a 1977. 

François Giroud defendeu durante quase 60 anos suas convicções contra a guerra na Argélia e pelos direitos das mulheres. 

Nascida em Genebra (Suíça), em setembro de 1916, em uma família de origem russa e turca, tendo sido agente da resistência durante a Segunda Guerra Mundial. Detida em 1943 pela Gestapo, ficou presa em Paris. 

Françoise trabalhou no cinema como assistente de direção e roteirista. Chegou a colaborar com Jean Renoir. Durante a Segunda Guerra, atuou como agente da Resistência aos nazistas. Foi presa pela Gestapo em 1943. Ao fim do conflito, tornou-se diretora de redação da revista “Elle”. Fez uma revolução na linguagem e no repertório jornalísticos da imprensa feminina francesa, promovendo a libertação social da mulher.

Dirigiu também a redação da revista “Elle”, antes de fundar a “L’Express”, em 1953, com Jean-Jacques Servan-Schreiber (1924-2006) -uma das publicações mais conhecidas e influentes da França.

Em 1953, fundou a primeira “news magazine” (revista semanal de notícias) na França, “L’Express”. De esquerda, a revista renovou o jornalismo do país, influenciando a imprensa estrangeira. Foi Giroud quem cunhou o termo “Nouvelle Vague” (nova onda) para caracterizar o movimento do cinema francês de Jean-Luc Godard, François Truffaut e outros, no fim dos anos 50.

Nos anos 70, Giroud foi secretária de Estado (cargo equivalente a ministro) da Condição Feminina (1974-1976) e da Cultura (1976-1977). Escreveu vários livros, entre romances, biografias e memórias. Alguns deles estão traduzidos no Brasil, como “Jenny Marx ou a Mulher do Diabo” (Record) e “Cosima Wagner” (Rosa dos Tempos).

Durante a presidência de Valery Giscard d’Estaing, Françoise Giroud se lançou à política. Foi primeiro secretária de Estado para a condição feminina (1974-1976) e depois Ministra da Cultura (1976-1977). 

Vice-presidente do Partido Radical (1977-1979), em 1981, apoiou François Mitterrand. 

Desde 1993 era editorialista de TV da Nouvel Observateur. Além de integrante do júri do prêmio Femina desde 1992, publicou numerosas obras, entre elas “Si je mens” (1972), “Le bon plaisir” (1979), “Une femme honorable” (1981), “Jenny Marx ou la femme du diable” (1992) e em 1997 sua autobiografia, “Arthur ou le bonheur de vivre”.

Françoise Giroud morreu em Paris, no hospital norte-americano de Neuilly (oeste), dia 19 de janeiro de 2003, aos 86 anos, vítima de traumatismo craniano, depois de sofrer uma queda

O premiê Jean-Pierre Raffarin manifestou sua “profunda tristeza”. O ministro da Cultura, Jean-Jacques Aillagon, afirmou que a jornalista era “uma das consciências mais luminosas da sociedade francesa”.

O presidente francês, Jacques Chirac, divulgou um comunicado no qual expressa sua “tristeza” com a morte de uma mulher que “simbolizou a aspiração de todas as mulheres de ocupar o lugar que lhes cabe em nossa sociedade” e que contribuiu “para a evolução da sociedade francesa para uma era de mais equilíbrio e igualdade”.

O prefeito de Paris, o socialista Bertrand Delanoe, lembrou que Giroud “lutou pelos direitos da mulher e por um jornalismo independente, sério, sem concessões”. 

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo – FOLHA DE S.PAULO – MUNDO – FRANÇA/Por ALCINO LEITE NETO DE PARIS – 20 de janeiro de 2003)

(Fonte: https://www.terra.com.br/istoegente/182/aconteceu – ACONTECEU  / por Dirceu Alves Jr. – 27/01/2003)

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada – ILUSTRADA / da France Presse, em Paris – 19/01/2003)

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