Foi pioneiro nas fotos de moda – ele clicou a primeira garota de Ipanema, Duda Cavalcanti

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Otto Stupakoff (1935-2009), fotógrafo paulista, construiu uma carreira vasta e diversificada, a ponto de ter sido o primeiro a fotografar uma modelo brasileira quando o assunto nem era comentado no Brasil. Nascido em São Paulo em 1935, Stupakoff realizou as primeiras fotografias ainda jovem, em 1943.

A formação profissional começou em 1953, quando ingresou no curso de fotografia do The Art Center College of Design, em Los Angeles, onde estudou durante dois anos. Nesse período, trabalhou também como correspondente da extinta revista Manchete.

Em 1957, já de volta ao Brasil e morando em São Paulo, montou o estúdio no qual foi pioneiro nas fotos de moda – ele clicou a primeira garota de Ipanema, Duda Cavalcanti.
Dez anos depois, iniciou volta ao mundo, fotografando na Europa e na Ásia até se estabelecer nos EUA, onde se tornou cidadão americano em 1984. Realizou ensaios para revistas de moda como Harper’s Bazaar, Elle e Vogue Paris.
Stupakoff tinha acabado de ganhar mostra com 65 fotografias no Instituto Moreira Salles, no0 Rio de Janeiro, encerrada em abril de 2009. Parte do acervo do fotógrafo foi incorporada ao instituto.

Durante a edição da São Paulo Fashion Week de janeiro de 2007, lançou Otto Stupakoff, livro que reúne 95 fotos em preto-e-branco, com uma crônica escrita por ele, testemunhos de amigos e a cronologia de sua vida. Na época, em entrevista a Zero Hora, resumiu o trabalho:
– Fotografia, para alguns fotógrafos, é uma maneira de ganhar a vida. Para mim, é um modo de viver.

Suas lentes focaram tanto grandes nomes como o ex-presidente americano Richard Nixon quanto anônimos vietnamitas nos anos 60. Apesar da abrangência da obra, o fotógrafo desenvolveu uma estética peculiar e um olhar especial sobre as pessoas, de preferência, as anônimas.
– Fotografar gente importante não quer dizer nada, porque fazer fotos sensacionais de gente famosa é mais fácil – costumava dizer, justificando ainda o seu desinteresse por paisagens ou objetos inanimados. Morreu no dia 23 de abril de 2009, aos 73 anos, no Itaim, em São Paulo.

(Fonte: Zero Hora – N° 15.941 – Ano 46 – Obituário – 24/04/09 – Pág; 50)

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