Erasmo Dias, ex-secretário de Segurança Pública de São Paulo

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Coronel Erasmo Dias, ex-secretário da Segurança de São Paulo, em foto de 2007 (Niels Andreas/Estadão Conteúdo)

Coronel Erasmo Dias, ex-secretário da Segurança de São Paulo, em foto de 2007. (Cortesia © Niels Andreas/Estadão Conteúdo)

 

Antônio Erasmo Dias (Paraguaçu Paulista, 2 de junho de 1924 – São Paulo, 4 de janeiro de 2010), coronel reformado do Exército, expoente da ditadura e ex-deputado federal, foi ex-secretário de Segurança Pública de São Paulo.

Dias ficou conhecido por ter liderado a invasão da PUC em 1977, que resultou na prisão de dezenas de estudantes, quando era secretário de Segurança Pública do estado de São Paulo. Ele depois foi deputado federal e estadual.

Conhecido por sua atuação durante o regime militar, marcada pelo combate sem tréguas aos opositores do governo da época.

O coronel ficou conhecido por ter liderado uma invasão à Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, em setembro de 1977. Na época, estudantes faziam uma assembleia para a reorganização da UNE (União Nacional dos Estudantes).

Amissão mais polêmica de Erasmo Dias foi o cerco ao campus da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP) em 22 de setembro de 1977, ocasião em que prendeu 900 estudantes e os levou para o quartel da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) e para o Dops.

Bombas foram lançadas contra o grupo causando queimaduras. Centenas de universitários foram presos, 33 enquadrados na Lei de Segurança Nacional.

A Assembleia Legislativa de São Paulo chegou a acusar Dias por crime de responsabilidade e abuso de poder, mas o coronel foi absolvido pela Justiça e o processo, arquivado.

Erasmo Dias comandou a Secretaria de Segurança em São Paulo entre março de 1974 e março de 1979, no governo de Paulo Egídio Martins. Durante sua gestão, Dias ordenou diversas operações policiais para reprimir passeatas. Mais tarde, o coronel chegou a admitir que contrabandeou armamentos para “enfrentar os bandidos e mandar a canalha comunista para o túmulo”.

O militar também foi um dos fundadores da Arena, um dos dois partidos da época da ditadura. Em 1979, assumiu o cargo de deputado federal pelo partido. Ele foi também deputado estadual por três mandatos consecutivos e, por último, vereador do Partido Progressista Brasileiro (PPB) pela cidade de São Paulo. Dias não conseguiu se reeleger em outubro de 1998.

Foi ainda fundador da Arena e se elegeu deputado federal, pela primeira vez, quando deixou a Segurança Pública. Depois, no PP, chegou a deputado estadual e vereador pela cidade de São Paulo. Abandonou a política em 2004, alegando desgosto com o Legislativo.

Nascido em Paraguaçu Paulista, em 2 de junho de 1924, o coronel era formado e licenciado em História pela Universidade de São Paulo (USP) e bacharel em Direito. Ficou no Exército por 35 anos. Em 1974, no governo Emílio Médici, recebeu a incumbência de dirigir a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.

Dias fez curso secundário na Escola Preparatória de Cadetes de Porto Alegre e ingressou no Exército em 1940. Ele também se formou na primeira turma da Academia Militar das Agulhas Negras no Rio de Janeiro em 1945.

Erasmo Dias faleceu em 4 de janeiro de 2010, em São Paulo, aos 85 anos, no Hospital do Câncer, na capital paulista.

(Fonte: http://oglobo.globo.com/politica – POLÍTICA – por O Globo; CBN – 05/01/2010)

Centrais e UNE pedem que Tarcísio vete homenagem a expoente da ditadura

Representantes de nove centrais sindicais e da UNE (União Nacional dos Estudantes) divulgaram uma nota conjunta em que fazem um apelo ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para que vete um projeto de lei aprovado pela Assembleia Legislativa de São Paulo homenageando o coronel Erasmo Dias, expoente da ditadura.

“Pedimos que o governador Tarcísio de Freitas vete este projeto tão absurdo. O povo paulista não merece passar pelo vexame e indignidade que tal homenagem representa. Não merece ser exposto a uma ferida que já deveria estar cicatrizada. Ditadura nunca mais!”, diz a nota.

Assinam o documento Sérgio Nobre (CUT), Miguel Torres (Força Sindical), Ricardo Patah (UGT), Adilson Araújo (CTB), Moacyr Auersvald (Nova Central), Antonio Neto (CSB), Antagoras Lopes (Conlutas), Nilza Pereira (Intersindical), José Gozze (Pública) e Bruna Brelaz (UNE).

(Crédito: https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil – Folha de S.Paulo /NOTÍCIAS/ BRASIL/ por FÁBIO ZANINI – SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – 28/05/23)

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