Antonio Carlos Magalhães, uma das principais lideranças da política nacional, senador pelo (DEM-BA).

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Antonio Carlos Magalhães (Salvador (BA), 4 de setembro de 1927 – São Paulo, 20 de julho de 2007), político baiano, uma das principais lideranças da política nacional, senador pelo (DEM-BA)

Durante as últimas décadas, Antonio Carlos Magalhães exerceu reconhecida liderança política na Bahia e no Brasil, onde ocupou, sucessivamente, os mandatos de deputado estadual e federal, Prefeito de Salvador, Governador do Estado por três vezes, Ministro de Estado e Senador da República.

Confira a trajetória de um dos maiores caciques da política brasileira, que, sempre próximo do poder, certa vez sentenciou: “Só duas siglas pegaram neste país: JK e ACM.”

LINHA DO TEMPO

1927

Antonio Carlos Peixoto Magalhães nasce em 4 de setembro de 1927, na cidade de Salvador (BA).

1945

Começa a trabalhar como jornalista na editoria de esportes de “O Estado da Bahia”.

1952

Casa-se com Arlete Maron de Magalhães, com quem tem quetro filhos. No mesmo ano, forma-se em Medicina na Universidade Federal da Bahia.

1954

Elege-se deputado estadual, na Assembleia Legislativa da Bahia, pela União Democrática Nacional (UDN).

1958

Elege-se deputado federal, reeleito em 1962 e em 1966, licenciando-se em 13 de fevereiro de 1967 para assumir a Prefeitura de Salvador.

1967

Toma posse como prefeito de Salvador em 13 de fevereiro. Afastava-se do cargo em 2 de abril de 1970, para candidatar-se ao governo do estado.

1970

É eleito governador da Bahia. Exrece o mandato entre 1971 e 1975.

1975

É nomeado pelo presidente Ernesto Geisel para a presidência da Eletrobrás.

1978

Elege-se governador pelo colégio eleitoral. Exerce o mandato entre 1979 e 1983.

1979

Começa a circular o “Correio da Bahia”, jornal de sua propriedade.

1985

É nomeado ministro das Comunicações. Exerce o cargo até 1990.

1986

A filha Ana Lúcia Magalhães, de 28 anos, diretora do “Correio da Bahia”, se suicida com um tiro na cabeça.

1989

Sofre infarto e recebe implante de duas pontes de safena e duas mamárias.

1990

Elege-se, em primeiro turno, governador da Bahia. Exerce o mandato entre 1991 e 1994.

1991

É operado em Londres para a retirada de três cálculos renais.

1994

Elege-se senador.

1997

É escolhido presidente do Senado para o biênio 1997-1999.

1998

O filho mais novo, Luís Eduardo Magalhães, morre, aos 43 anos, vítima de infarto.
Assume interinamente a Presidência da República, de 15 a 22 de maio.

1999

É reeleito presidente do Senado para o biênio 1999-2001. Em setembro, submete-se a biópsia na próstata para detectar câncer. O resultado dá negativo.

2001

Em março, é acusado de atuar na violação do painel de votações do Senado. Na manhã de 30 de maio, denuncia no “Bom Dia Brasil” um suposto esquema pelo governo FHC para a compra de votos no Congresso. À tarde, renuncia ao cargo.

2003

Reelege-se senador, para um novo mandato de oito anos.

2006

Nas eleições de outubro de 2006, o senador baiano sofre uma grande derrota. Seu aliado Paulo Souto perde a disputa pelo governo da Bahia ainda no primeiro turno para o petista Jaques Wagner.

7 de março de 2007

Em 7 de março, o senador é internado no Incor, em São Paulo, em razão de uma pneumonia. O quadro se agrava e ele é transferido para a UTI.

15 de março de 2007

O senador baiano deixa o Incor uma semana depois de ser internado. Durante a internação, recebeu a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

4 de abril de 2007

ACM se encontra com o presidente Lula para retribuir a visita de quando esteve internado. O senador, considerado um dos principais inimigos políticos de Lula, disse que a conversa foi “amigável”.

17 de abril de 2007

O senador é internado novamente no Incor de São Paulo para exames. No dia seguinte, o hospital divulga que ACM tem insuficiência cardíaca. Ficou internado até o dia 24 de abril. No hospital, criticou denúncias de corrupção contra magistrados.

29 de abril de 2007

O senador passa mal no plenário do Senado e, ao ir para seu gabinete, desmaia. Após ser medicado no Senado, é levado para o Incor de Brasília. Sai do hospital no mesmo dia.

13 de junho de 2007

ACM volta a ser internado no Incor de São Paulo. Desta vez, a família restringe a divulgação de boletins médicos.

13 de julho de 2007

Tem o estado de saúde agravado por complicações gastrointestinais.

20 de julho de 2007

Morre o senador Antonio Carlos Peixoto de Magalhães, aos 79 anos, no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas (Incor), em São Paulo.

Formado em medicina, ACM era casado com Arlete Maron de Magalhães, com quem teve quatro filhos: Antonio Carlos Peixoto de Magalhães Júnior, Teresa Helena Magalhães Mata Pires, Luís Eduardo Magalhães e Ana Lúcia Maron de Magalhães.

Amado e odiado, ACM sempre esteve próximo do poder federal. Foi aliado do regime militar pós-1964 e do tucano de Fernando Henrique Cardoso e apoiou Lula na eleição de 2002.

O senador começou a carreira política em 1954, quando se elegeu deputado estadual na Bahia pela antiga UDN (União Democrática Nacional). Também foi três vezes deputado federal, três vezes governador da Bahia, prefeito de Salvador, além ter sido eleito senador em 1994 e 2002.
Após a morte do filho Luís Eduardo Magalhães em abril de 1998, Antonio Carlos Magalhães Neto se tornou o principal herdeiro político de ACM. Um dos mais jovens parlamentares do Congresso Nacional, ACM Neto, 28 anos, está em seu segundo mandato na Câmara.
O filho de ACM, o empresário Antonio Carlos Peixoto de Magalhães Junior, é o primeiro suplente do senador e deve assumir a cadeira.

(Fonte: www.g1.globo.com/Noticias/Politica/ – Do G1, em São Paulo – 20/07/07)

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