Zhores Alferov, co-vencedor do prêmio Nobel de Física em 2000 por seu trabalho sobre semicondutores e tecnologias relacionadas ao laser

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Prêmio Nobel de Física em 2000

 

 

O ganhador do Prêmio Nobel em Física em 2000, Zhores Alferov. — (Foto: Pavel Golovkin/AP)

Russo foi premiado por seu trabalho com semicondutores usados hoje em satélites, celulares, cabos de fibra ótica e lâmpadas LED.

 

 

Zhores Ivanovich Alferov (Vitebsk, Bielorrússia, 15 de março de 1930 – São Petersburgo, na Rússia, 1° de março de 2019), cientista russo, co-vencedor do prêmio Nobel de Física em 2000 por seu trabalho sobre semicondutores e tecnologias relacionadas ao laser.

 

 

Além de cientista, Alferov era membro do Parlamento russo. Nascido em março de 1930 na Bielorrússia, então parte da União Soviética, também era membro honorário da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos. Comunista, foi o primeiro russo a ganhar um prêmio Nobel depois do fim da União Soviética, em 1991.

 

 

O russo Zhores Alferov foi um dos vencedores do prêmio Nobel de Física em 2000. Ele compartilhou o prêmio por seu trabalho sobre semicondutores e tecnologias relacionadas ao laser com o alemão Herbert Kroemer.

 

 

Zhores Alferov foi o primeiro russo a receber o prestigioso prêmio, juntamente com os americanos Herbert Kroemer e Jack Kilby (1923-2005), desde a atribuição do prêmio Nobel da Paz ao líder soviético Mikhail Gorbachev em 1990.

 

 

O Nobel a Zhores Alferov deu impulso à ciência russa pós-soviética.

 

 

Os trabalhos de Alferov permitiram aplicações práticas usadas hoje em satélites, celulares e leitores de código de barras, além de impulsionarem o fluxo de informações nos cabos de fibra ótica de internet. A pesquisa dele também contribuiu para o desenvolvimento de lâmpadas de LED.

À época da vitória, Alferov era pesquisador do Instituto Ioffe, em São Petersburgo, uma das instituições ligadas à Academia de Ciências russa — da qual também foi vice-presidente.

“Por meio de suas invenções, os ganhadores do Nobel de Física deste ano estabeleceram uma base firme para a tecnologia da informação moderna”, considerou a Fundação Nobel em 2000. “Alferov e Kroemer inventaram e e desenvolveram componentes opto e microeletrônicos rápidos baseados em estruturas semicondutoras em camadas, chamadas de heteroestruturas semicondutoras”.

No seu discurso de recebimento do prêmio, Alferov notou que a Física havia trazido tanto benefícios quanto desastres à humanidade no século 20. Ele também alertou que os meios de comunicação de massa poderiam ser mal utilizados nas mãos erradas.

“Como sempre, nós temos, é claro, resultados tanto positivos quanto negativos vindos de descobertas e invenções científicas e tecnológicas. Os meios eletrônicos de comunicação de massa, sendo uma arma muito forte e poderosa, infelizmente às vezes caem nas mãos de pessoas desonestas e irresponsáveis. Conhecimento é poder, mas o poder deve ser baseado em conhecimento”, afirmou Alferov.

Seus trabalhos permitiram aplicações práticas usadas atualmente para satélites, telefones celulares e scanners de código de barras.

Junto com Alferov e Kroemer — que receberam, cada um, 2,25 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 916,5 mil reais) naquele ano —,o americano Jack S. Kilby também foi premiado, levando 4,5 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 1,8 milhões) para casa por “sua parte na invenção do circuito integrado”, segundo o comitê do Nobel.

 

O físico também era deputado pelo Partido Comunista na Duma.

 

 

Zhores Alferov morreu em 2 de março de 2019 em São Petersburgo, na Rússia, aos 88 anos.

 

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, lamentou, por meio da conta oficial do Kremlin no Twitter, o falecimento de Alferov.

(Fonte: https://istoe.com.br – EDIÇÃO N° 2566 – TECNOLOGIA & MEIO AMBIENTE – AFP – 02/03/19)

(Fonte: https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2019/03/02 – CIÊNCIA E SAÚDE / NOTÍCIA / Por Lara Pinheiro, G1 – 02/03/2019)

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