Yves Hublet, conhecido em todo o país ao desferir duas bengaladas no então deputado José Dirceu (PT)

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Fama por bengaladas em Dirceu

Yves Hublet (1938-2010), escritor curitibano e belga de nascimento. O escritor foi fundador e presidente da Associação Cultural Paranaense de Autores Independentes e da União Brasileira de Escritores.

Sua primeira obra, “Artes & Manhas do Mico-Leão” foi sucesso de público e crítica e adotada em diversas escolas do país. “Grande Guerra de Dona Baleia” e “Planeta Água” foram outros livros de sucesso de Hublet.

Em 29 de novembro de 2005, Yves Hublet ficou conhecido em todo o país ao desferir duas bengaladas no então deputado José Dirceu (PT-SP), que falava a jornalistas na saída do plenário da Câmara, em Brasília.

Na ocasião, além dos golpes de bengala, Hublet repetiu: “Fristão, Fristão”, em referência ao personagem do romance de Cervantes que é considerado por Dom Quixote um inimigo. Dali em diante, o escritor ganhou o apelido de “Homem da Bengala”.

O inusitado ato do escritor ocorreu durante a crise política que atingiu o governo Lula e ficou conhecida como o escândalo do mensalão. Na época, Dirceu enfrentava um processo por suposto envolvimento no esquema de corrupção, que envolveria a compra de votos de parlamentares.
Por conta do famoso episódio, Hublet trocou o Brasil – onde passou a enfrentar problemas – e, como tinha cidadania belga, se mudou para a Bélgica.

O escritor retornou ao país em maio último e acabou internado em 3 de julho no Hospital Regional da Asa Norte, em Brasília. Hublet faleceu em Brasília no último dia 27 de julho, aos 72 anos, depois de ser preso, após ser diagnosticado com câncer no intestino.
(Fonte: www.diariosp.com.br –

Autor de bengalada em José Dirceu morre em Brasília
Em 29 de novembro de 2005, o escritor curitibano Yves Hublet, belga de nascimento, ganhou notoriedade depois de desferir golpes de bengala no então deputado federal José Dirceu (confira o vídeo abaixo). Hoje (terça, 3), durante o esforço concentrado de votações plenárias no Senado, o vice-líder do PSDB, Alvaro Dias (PR), pediu a palavra para apontar as “circunstâncias suspeitas” da morte de Yves, ocorrida no último dia 26 de julho, em Brasília.

Yves morreu aos 72 anos, completados em abril, e seu corpo foi cremado. Segundo seu amigo e editor Airo Zamoner, dono da editora Protexto, que publicava os textos de Yves, o escritor enfrentou diversos problemas no país depois das bengaladas, e então mudou-se para a Bélgica. Com dupla cidadania, Yves voltou para Curitiba (PR) em maio a fim de tratar da edição de um novo livro e resolver problemas matrimoniais (um novo casamento o aguardava na Europa). Mas tinha de passar por Brasília antes do retorno à Bélgica.
O editor disse ainda que, ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Brasília, Yves foi preso e ficou incomunicável. “É uma denúncia séria”, disse Alvaro ao Congresso em Foco. “Ele teve de deixar o Brasil e foi preso ao desembarcar em Brasília. Não sei em que condições ele foi preso, mas ele ficou doente na prisão e foi hospitalizado sob escolta.”

O episódio das bengaladas aconteceu no auge da crise política do mensalão, que culminou com a instauração de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF). Ex-ministro-chefe da Casa Civil, Dirceu foi apontado pelo ministro Joaquim Barbosa, relator do caso no STF, como chefe de uma “sofisticada quadrilha” que comprava apoio parlamentar para a aprovação de projetos governistas no Congresso.

A agressão a Dirceu, que teve o mandato cassado em meio às denúncias, foi feita no momento em que o deputado deixava o plenário da Câmara. Na ocasião, os seguranças da Casa detiveram Yves e o levaram para prestar depoimento na Polícia Legislativa. A atuação dos agentes levou à reação do então senador Leonel Pavan (PSDB-SC), que foi à tribuna do plenário pedir “compreensão”. “Este senhor de 70 anos certamente está mostrando a indignação de milhares e milhares de pessoas do Brasil inteiro”, disse Pavan, em apelo ao presidente da Câmara na época, Aldo Rebelo (PcdoB-SP).

“Há, realmente, situações obscuras que precisam ser esclarecidas”, acrescentou Alvaro. “Alegou-se que [Yves] estava com câncer. Ele teria falado com uma assistente social e passou o telefone de uma ex-namorada de Curitiba de nome Solange. Foi ela quem recebeu o telefonema de Brasília comunicando o falecimento. O corpo dele foi cremado por lá”, detalhou o editor Zamoner, segundo o blog do jornalista Aluizio Amorim.

(Fonte: congressoemfoco.uol.com.br – Notícias/ Por Fábio Góis – 03/08/2010)

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