Wolney de Assis, ator mítico do teatro e cinema, casado com outro monumento do palco, Berta Zemel

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O gaúcho Wolney de Assis (Foto: Reprodução)

O gaúcho Wolney de Assis (Foto: Reprodução)

Wolney de Assis (Porto Alegre (RS), 24 de agosto de 1937 – São Paulo, 5 de dezembro de 2015), ator mítico do teatro e cinema, casado com outro monumento do palco, Berta Zemel, onde teve sua parceria numa montagem de Tio Vânia, dirigida por Hélcio Nogueira em 1998.

Gaúcho de Porto Alegre, Wolney de Assis começou sua carreira no fim da década de 50, nos palcos como estudante de Artes Cênicas na UFRGS, e mais tarde numa montagem de Egmont, de Goethe, apresentada no Festival de Teatro Amador de Santos, chamando à atenção de Sábato Magaldi, então crítico do Estado, que o incentivou a seguir a carreira em São Paulo.

Nos anos 1960, ele se destacou em montagens do Teatro de Arena e do Oficina, tendo substituído Ron Daniels (na época, Ronaldo Daniel) no papel de Nil, na montagem de Pequenos Burgueses (1963/64), peça de Máximo Gorki dirigida por José Celso Martinez Corrêa.

Wolney de Assis e Miriam Mehler em Pequenos Burgueses, de Máximo Gorki (Foto: Teatr Oficina)

Wolney de Assis e Miriam Mehler em Pequenos Burgueses, de Máximo Gorki (Foto: Teatr Oficina)

No Teatro de Arena (SP), no qual atuou na montagem de Pequenos Burgueses, teve seu primeiro contato com o movimento político que lutava contra o regime militar instaurado no Brasil com o golpe de 1964.

A premiada Berta Zemel, que conheceu Wolney em 1961, passou por momentos difíceis durante a ditadura militar. A ligação do ator com a política o manteve afastado dos palcos por 20 anos e Berta abdicou da carreira para acompanhar o marido em sua vida de militante perseguido pelo regime militar.

Foi só em 1997 que, incentivado por ela, voltou a atuar, no filme Os Matadores, contracenando com Murilo Benício a convite do cineasta Beto Brant.

Em 2006, ele foi visto como “o homem da caneta” no cultuado filme de Heitor Dhalia, O Cheiro do Ralo (2006), e Meu Mundo em Perigo (2007), de José Eduardo do Belmonte. Ainda em 2006 dirigiu a peça O Marinheiro, baseada em Fernando Pessoa, também inspirador de A Chave, montada por Wolney em 2007.

Wolney de Assis faleceu em São Paulo, em 5 de dezembro de 2015, em decorrência de um câncer pulmonar, aos 78 anos.

(Fonte: http://cultura.estadao.com.br/noticias – 1807668 – CULTURA – TEATRO E DANÇA/ Por Antonio Gonçalves Filho – 6 Dezembro 2015)

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(Fonte: Zero Hora – ANO 52 – Nº 18.317 – 7 de dezembro de 2015 – TRIBUTO – Pág: 35)

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