Werner Voigt, empresário e um dos fundadores da empresa WEG, maior fabricante de motores elétricos do mundo

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Werner Ricardo Voigt, foi um dos fundadores da WEG

Empresa catarinense é a maior fabricante de motores do mundo; em 2014, controladores da companhia estrearam na lista de bilionários da Forbes

 

Werner Ricardo Voigt, um dos fundadores da WEG (Foto: Assessoria da WEG / Divulgação)

Werner Ricardo Voigt, um dos fundadores da WEG (Foto: Assessoria da WEG / Divulgação)

 

Werner Ricardo Voigt (nasceu em Schroeder, Vale do Itapocu, em 8 de setembro de 1930 – faleceu em Jaraguá do Sul, em 1° de junho de 2016), empresário e um dos fundadores da empresa WEG, maior fabricante de motores elétricos do mundo, responsável pelo desenvolvimento tecnológico da companhia, também contribuiu com o desenvolvimento da indústria brasileira

Nascido em 8 de setembro de 1930 em Schroeder, no Vale do Itapocu, e descendente de imigrantes alemães, vindos da região de Düsseldorf, Werner Ricardo Voigt já demonstrava inclinação para os assuntos da eletricidade aos seis anos, produzindo maquetes completas de serrarias, Voigt fundou a companhia em 1961, ao lado de Eggon João da Silva e Geraldo Werninghaus. As iniciais de cada sócio dão nome à empresa, que conta com uma equipe de mais de 27.000 funcionários em todo o mundo e fabrica 11,5 milhões de motores anualmente. Seus motores compõem produtos que vão de portões residenciais a linhas de produção industriais.

— Desde os dez anos de idade, eu gostava de eletricidade. Com 15, comecei a trabalhar com motores elétricos e nunca deixei de gostar disso. Começamos aqui (a WEG) em 1º de setembro de 1961 e sempre trabalhamos honestamente. Nada de fazer alguma coisa que não fosse bem honesta, e vamos continuar assim.

Essas palavras, proferidas por Werner Ricardo Voigt durante as comemorações dos 50 anos da WEG, em 2011, revelam um pouco do homem vocacionado e que exibia uma humildade surpreendente diante do grande sucesso profissional e financeiro que conquistou. Integrante da seleta lista de bilionários brasileiros da revista Forbes, Werner foi o último dos três fundadores da WEG a partir.

A exemplo dos outros dois fundadores, Eggon João da Silva (1929-2015) e Geraldo Werninghaus (1932-1999), a vida deu tempo suficiente para Voigt ver e colher os frutos do trabalho que os três iniciaram de forma modesta ainda no início da década de 1960. De lá para cá, a empresa jaraguaense só cresceu e transformou-se em uma potência mundial na fabricação de equipamentos eletroeletrônicos em cinco linhas principais de atuação: motores, energia, transmissão e distribuição, automação e tintas.

Influenciado pelo avô, Werner se tornou um amante dos livros e da música.

Aos 14 anos, já tocava clarinete com perfeição.
Nessa época, morou em Joinville, onde estudou no Senai e trabalhou na oficina de Werner Strohmeyer, dono de uma oficina de rebobinamento de motores elétricos. Aos 18 anos, foi convocado para servir ao Exército em Curitiba. Após o serviço militar, conseguiu ser um dos dois soldados selecionados para frequentar a Escola Técnica Federal, onde se especializou em radiotelegrafia e eletrônica. No retorno a Joinville, trabalhou na concessionária de energia elétrica local, onde permaneceu por dois anos. Aos 23 anos, atuou na oficina de Kanning & Weber.

O primeiro negócio

Em setembro de 1953, Werner iniciou seu próprio negócio, instalando uma pequena oficina no Centro de Jaraguá do Sul. A oficina evoluiu, sempre prestando serviços gerais, desde equipamentos domésticos, até em residências e fazendas, no interior do município, atendendo a praticamente todas as necessidades na área. Montava rádios e radiolas, fabricava e instalava geradores, realizava bobinagens em motores e orientava a instalação de rodas-d’água na região.

A criação da WEG

Em 1961, juntamente com os amigos Eggon João da Silva e Geraldo Werninghaus, fundou a WEG, que na época produzia apenas motores elétricos. Foi o grande responsável pelo desenvolvimento tecnológico e pela implantação de normas técnicas na WEG e no País. Da mesma forma, sua influência foi importante para a empresa adotar o padrão International Electrotechnical Commission (IEC), baseado no sistema métrico decimal.

Werner atuou como diretor-técnico da WEG até 1980. Depois, durante oito anos, foi diretor-superintendente da WEG Máquinas, unidade que produzia geradores e motores de alta tensão. Fez parte do conselho de administração da empresa entre 1989 e 2005, bem como da WPA, holding de controle do Grupo WEG. Até os últimos dias de vida, frequentou de forma assídua as unidades da empresa que ajudou a fundar, dividindo sua experiência efetivamente na produção e na solução de problemas.

A cada dia, a empresa torna-se mais global, mas este processo não descaracterizou a cultura dos sócios-fundadores e a ligação deles com a cidade de Jaraguá do Sul.

—  Temos muita gente boa que colaborou (para o crescimento da empresa). Tem sempre aquele que acredita na hora, esse é o bom da coisa. Eu falo com o varredor da fábrica e com o engenheiro-chefe. Para mim, é a mesma coisa. Somos tudo gente aqui na Terra. Fico feliz que crescemos tanto assim. Desejo muita saúde para todo mundo e vamos fazer cada vez mais e melhor — destacou o visionário Werner, no discurso feito durante a celebração dos 50 anos da empresa.

Em 2015, a WEG manteve a sua ascensão e Werner pôde ver essa conquista. Foi eleita a melhor empresa do País pela revista Exame, uma notícia que impacta muita gente. Só em Santa Catarina, o grupo emprega cerca de 17 mil pessoas. No mundo, são quase 31 mil colaboradores.

A WEG é daqueles casos em que a morte dos fundadores não coloca em risco o futuro da companhia. Quando Werner, Eggon e Geraldo emprestaram as iniciais de seus nomes para formar a marca da companhia, eles sabiam o que estavam fazendo.

Bilionário – Em 2014, Voigt, responsável pelo desenvolvimento tecnológico da companhia, e seus sócios foram incluídos na lista de bilionários da Forbes pela primeira vez. Na ocasião, sua fortuna foi avaliada em 1,4 bilhão de dólares cada.

Werner Voigt faleceu em 1° de junho de 2016, de causas naturais, no Hospital São José, de Jaraguá do Sul, aos 85 anos.

(Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/economia – NOTICIA – ECONOMIA – 01/06/2016)

(Fonte: http://anoticia.clicrbs.com.br/sc/geral/an-jaragua/noticia/2016/06 – A NOTICIA – 01/06/2016)

(Fonte: Zero Hora – Ano 53 – N° 18.482 – 4 e 5 de junho de 2016 – TRIBUTO/MEMÓRIA – Pág: 32)

 

 

 

 

Livia Voigt, brasileira e herdeira da WEG, é a bilionária mais jovem do mundo; saiba quem é

Ela é neta de Werner Ricardo Voigt, cofundador da WEG ao lado de Eggon João da Silva e Geraldo Werninghaus.

A brasileira Livia Voigt, herdeira da empresa de máquinas e equipamentos WEG, é a bilionária mais jovem do mundo, segundo o ranking anual da revista Forbes. Aos 19 anos, ela toma o lugar do italiano Clemente Del Vecchio, o mais novo dos seis filhos de Leonardo Del Vecchio, o magnata fundador da Luxottica, a maior marca de óculos do mundo.

Com sua participação acionária na WEG, ela acumula patrimônio de US$ 1,1 bilhão. Sua irmã mais velha, Dora Voight também faz parte da lista aos 26 anos. Ambas têm cerca de 3% das ações da empresa, e não têm participação no conselho ou na diretoria.

Além delas, Eduardo Voigt Schwartz e Mariana Voigt Schwartz Gomes também entram na lista a partir de participação na WEG. Cada um tem pouco menos de 4% de ações da empresa, o que equivale a US$ 1,3 bilhão de patrimônio.

 

Werner Ricardo Voigt, cofundador da WEG e avô de Livia Voigt — Foto: WEG/Divulgação

Werner Ricardo Voigt, cofundador da WEG e avô de Livia Voigt — (Foto: WEG/Divulgação)

Todos eles são netos de Werner Ricardo Voigt, cofundador da WEG ao lado de Eggon João da Silva e Geraldo Werninghaus.

A empresa foi fundada em 1961, inicialmente produzindo apenas motores elétricos. A partir da década de 80, a companhia ampliou suas atividades e passou a produzir componentes eletrônicos, produtos para automação industrial, transformadores de força e distribuição, tintas líquidas e em pó e vernizes eletroisolantes.

Os três já faleceram e deixaram suas participações a herdeiros.

Anne Werninghaus, neta de Geraldo, também está na lista de bilionários, com patrimônio de US$ 1,2 bilhão. Ela também não trabalha na companhia nem tem posição no conselho.

Novos bilionários

O seleto grupo de novos entrantes da lista da Forbes tem 265 pessoas, divididas em 32 países e que acumulam fortuna de US$ 510 bilhões. Apesar do valor expressivo, o patrimônio dos novos bilionários representa apenas 3,6% de todo o valor acumulado pelos 2.781 mais ricos do mundo: são US$ 14,2 trilhões.

Além de Taylor e Magic Johnson, outros nomes de destaque também entraram para a lista em 2024, como os fundadores da varejista Shein e a brasileira Livia Voigt, de apenas 19 anos e herdeira da WEG.

Vale lembrar que todos os bilionários de 30 anos ou menos listados pela Forbes herdaram suas fortunas.

(Créditos autorais: https://g1.globo.com/economia/noticia/2024/04/02 – Globo Notícias/ ECONOMIA/ NOTÍCIA/ Por g1 Rio – 

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