Vera Gibson Amado, atriz de cinema com carreira curta mas que inscreveu seu nome na história.

0
Powered by Rock Convert

Vera, carreira curta e marcante

Vera Amado Clouzot (Rio de Janeiro, 30 de dezembro de 1913 – Paris, 15 de dezembro de 1960), atriz de cinema de (“As Diabólicas”, e “O Salário do Medo”). Vera Amado, ou Vera Clouzot, como ficou mais conhecida, foi uma atriz brasileira de cinema com carreira curta, mas que permitiu inscrever seu nome na história do cinema, pelo menos no Brasil e na França. Dos três filmes em que atuou, dois são considerados clássicos e geralmente incluídos em listas de melhores de todos os tempos: “As Diabólicas”, e “O Salário do Medo”. Além de atuar nesses filmes, Vera foi co-roteirista, com o marido, Henri-George Clouzot, de A Verdade, rodado em 1960, ano da morte da atriz.

Vera Gibson Amado nasceu no Rio de Janeiro, em 30 de dezembro de 1913. Filha do embaixador Gilberto Amado (Estância, 7 de maio de 1887 – Rio de Janeiro, 27 de agosto de 1969), passou a maior parte da juventude em Santiago do Chile, Helsinque, Roma e Berna, capitais nas quais seu pai serviu durante a carreira diplomática.

Em 1941, no Brasil, conheceu seu primeiro marido, Léo Lapara, secretário e faz-tudo do comediante e diretor de cinema francês Louis Jouvet (1887-1951), e o acompanhou durante uma temporada da companhia formada pelo cineasta para espetáculos no Rio de Janeiro, Buenos Aires e Montevidéu. Entre 1942 e 1949, desempenhou pequenos papéis em filmes de Jouvet.

Em 1949, em Paris, Vera foi contratada por Henri-George Clouzot (1907-1977) como sript-girl estagiária na produção da comédia Um marido para minha mãe. Poucos meses depois, ela se divorciou de Lapara e, no dia 15 de janeiro de 1950, casou-se com Clouzot, na prefeitura de Paris.

Em maio, Clouzot resolveu conhecer o Brasil, do qual a mulher falava tanto. Tinha a intenção de fazer um documentário (Viagem ao Brasil) e para isso deslocou para o Rio de Janeiro 3,5 toneladas de equipamento e uma verba de setenta mulhões de francos. O filme nã se concretizou, mas parte do material recolhido (incluído no livro Le Cheval des Dieux (O Cavalo dos deuses), que Clouzot lançou depois) foi publicado pela revista Paris Match.

Sob o título “Les possédes de Bahia” (As possuídas da Bahia), a reportagem mostrava ritual de candomblé, afirmando que era a primeira vez que um branco entrava “num santuário de deuses negros”. A publicação provocou polêmica e protesto no Brasil, inclusive uma contra-reportagem da revista O Cruzeiro, para desmentir a congênere francesa, conforme registro de Álvaro Kassab, no Jornal da Unicamp, edição de 1° de agosto de 2004.

Três anos depois da viagem ao Brasil, de volta a Paris, começou, efetivamente, a carreira artística de Vera, já usando o sobrenome do marido Vera Clouzot.

Seu primeiro filme foi O Salário do Medo, no qual era a única mulher, ao lado de Yves Montand, Peter Van Eyck e Charles Vanel. O filme recebeu o Grande Prêmio, e Vanel foi escolhido como o melhor ator masculino, no Festival de Cannes, de 1953.

Ela filmou depois As Diabólicas, clássico do suspense francês, com Simone Signoret, em 1955, e Espiões, em 1957. Em 1960, foi co-autora do roteiro de A Verdade, sua última participação no cinema.

Vera Clouzot morreu em Paris, no seu apartamento no Hotel George V, dia 15 de dezembro de 1960, de um ataque do coração, como sua personagem, Christina, em As Diabólicas.

(Fonte: http://www.caras.uol.com.br – 11 de abril de 2009 – EDIÇÃO 806 – Citações)
(Fonte: Veja, 3 de setembro de 1969 – Edição n° 52 – LITERATURA – Pág; 23)
(Fonte: MULHER BRASILEIRA EM PRIMEIRO LUGAR/ Por Ludenbergue Goés – Ediouro Publicações S.A 2007 – Pág; 263/264)

Powered by Rock Convert
Share.