Um ano do primeiro implante de coração elétrico no país

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Almoço festeja aniversário do coração elétrico.

Um almoço de confraternização reuniu cerca de 30 transplantados em um restaurante da Capital, ontem, marcando a passagem de um ano do primeiro implante de coração elétrico no país. No encontro, Dionísio Elói, de 49 anos, comemorou o sucesso da operação realizada no Instituto de Cardiologia (IC). ‘Eu não tinha condições de vida sem o coração elétrico’, relatou. Elói usa ininterruptamente o equipamento, que funciona com baterias, cuja carga dura de quatro a oito horas. Segundo ele, o aparelho só atrapalha sua profissão. Sofrendo de miocardiopatia, ele espera há seis meses a doação de um coração para voltar a trabalhar como marceneiro.
O professor aposentado João Carlos Cechella, de 47 anos, é considerado o transplantado de maior sobrevida. Operado há 11 anos, Cechella tinha miocardiopatia congênita. ‘Sem o transplante eu não estaria aqui. Já tinha sofrido três paradas cardíacas.’ Hoje, ele leva uma vida normal e preside a Associação Pró-Transplante e Doação de Órgãos de Santa Maria. O cirurgião Paulo Prates, do IC, alertou que, apesar das campanhas, ainda há resistência à doação de órgãos. ‘Existe uma insegurança por parte da população quanto aos métodos de diagnosticar a morte.’ Outros fatores levantados por Prates são a falta de informação e o medo. ‘Os noticiários falam em venda e roubo de órgãos. São informações sem fundamento. Quem faz transplante não espera recompensa financeira.

(Fonte: Correio do Povo – Porto Alegre – RS – Brasil – SEXTA-FEIRA, 21 DE JULHO DE 2000)

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