Surgem os primeiros protestos veementes e com eles, os primeiros anseios de independência do Brasil

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Pombal foi destituído do cargo de ministro de Portugal em 24 de fevereiro de 1777, por morte do rei Dom José I e subseqüente subida ao de Lisboa, como rainha, de Dona Maria I.
Dona Maria I foi, para o Brasil, uma péssima rainha portuguesa, que, com toda a sua ruindade – e precisamente por ela – fez um grande bem ao Brasil. Essa rainha, por alvará de 5 de janeiro de 1785, mandou fechar todas as fábricas de tecidos existentes em território brasileiro; proibiu o uso das poucas estradas existentes no interior do país, a fim de evitar o suposto (ou real) contrabando de ouro à coroa portuguesa – dívidas estas decorrentes do não-pagamento do “quinto”; o quinto era a obrigação imposta aos mineradores, no sentido de ntregar, à coroa portuguesa, de mão-beijada, um quinto da qualidade de ouro estraído ou faiscado. Estas e outras arbitrariedades da mencionada rainha, em prejuízo dos brasileiros, fizeram com que surgissem os primeiros protestos veementes, e, com eles, os primeiros anseios de independência do Brasil. Estes primeiros anseios, ocorridos no Brasil, foram concretizados, em Portugal, por estudantes brasileiros que cursavam a Universidade de Coimbra, e, na França, por estudantes brasileiros que estudavam em Montpellier e em Bordéus. O estudante que mais se destacou chamou-se José Joaquim da Maia, nascido no Rio de Janeiro; em dois de novembro de 1786, ele dirigiu, a Thomas Jefferson, então ministro dos Estados Unidos na França, uma carta, pedindo o apoio do seu país, os Estados Unidos, às aspirações de independência dos brasileiros. José Joaquim chegou a ter, com Jefferson, longa, embora improfícua, entrevista, na cidade francesa de Nimes.
Os propósitos de independência intensificaram-se. A idéia ganhou vulto e conquistou espíritos. Estruturaram-se conspirações; desfizeram-se conjuras. Estudantes, poetas, ricos-homens e até simples cidadãos participaram delas.

(Fonte: 100 Eventos que abalaram o mundo-Pág:665- Tradução de Raul de Polillo – Edições Melhoramentos)

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