Stanley Ho, rei dos cassinos de Macau, a capital mundial dos jogos, com um volume de negócios que excedeu o de Las Vegas

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Stanley Ho, rei dos cassinos de Macau

Magnata construiu seu império conquistando o monopólio das operações de cassinos de Macau de 1962 a 2002.

 

Stanley Ho, magnata dos cassinos de Macau, em imagem de arquivo — (Foto: Reuters)

 

 

Stanley Ho Hung-Sun (Hong Kong, 25 de novembro de 1921 – Happy Valely, na ilha de Hong Kong, 26 de maio de 2020), bilionário, rei dos cassinos de Macau, considerado o arquiteto do desenvolvimento da ex-colônia portuguesa.

 

Conhecido como o “padrinho” dos cassinos de Macau, o magnata nascido em Hong Kong acumulou sua fortuna com a espetacular transformação da então colônia portuguesa. De um povoado sem atrativos àquela época, o território se tornou a capital mundial dos jogos, com um volume de negócios que excedeu o de Las Vegas.

Pai de pelo menos 17 filhos de quatro mulheres diferentes, o bilionário construiu seu império conquistando o monopólio das operações de cassinos de Macau de 1962 a 2002, quando o mercado foi aberto à concorrência e chegou a representar 80% do PIB da região semiautônoma.

 

Aposentado aos 96

Ainda hoje, sua Sociedade de Jogos de Macau Holdings (SJM) continua sendo um dos principais atores do setor na antiga colônia portuguesa, que foi integrada à China em 1999. É o único território chinês onde o jogo de apostas é permitido.

Nascido em novembro de 1921, Stanley Ho era sobrinho-neto de Robert Hotung (1862-1956), um dos primeiros magnatas asiáticos e uma das pessoas mais ricas de Hong Kong no início do século XX.

A Grande Depressão atingiu a economia familiar, porém. Após a invasão japonesa no final de 1941, Stanley Ho fugiu para Macau com quase nada.

A Segunda Guerra Mundial deu a ele a oportunidade de se refazer, por meio do contrabando de artigos de luxo de Macau para a China, até que, em 1962, obteve a primeira licença para abrir um cassino em Macau.

Foi acusado várias vezes de deixar as tríades operarem em seus estabelecimentos, mas sempre negou ter vínculos com a máfia de Macau. Pouco a pouco, diversificou seus negócios nos setores imobiliário e de construção naval.

Especialista em dança de salão, Stanley Ho, que insistia que jamais apostou um único dólar nos cassinos, teve uma vida amorosa conturbada. Ele se casou pela primeira vez em 1942, embora tivesse filhos de outras três mulheres (com quem não se sabe se ele se casou, ou não). É pai de Lawrence Ho, que dirige o grupo rival Melco International em Macau.

Quando decidiu se aposentar em 2018, aos 96 anos, ele era a 13ª fortuna de Hong Kong, segundo a revista Forbes.

As rédeas da SJM Holding foram passadas para sua filha Daisy, enquanto o conglomerado Shun Tak Holdings, um promotor imobiliário que também administra balsas entre Hong Kong e Macau, acabou nas mãos de Pansy Ho, a mulher mais rica de Hong Kong, ainda de acordo com a Forbes.

Stanley Ho faleceu em 26 de maio de 2020, aos 98 anos. O bilionário morreu “pacificamente” em um hospital em Happy Valely, na ilha de Hong Kong.

(Fonte: https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/05/26 – ECONOMIA / NOTÍCIA / Por France Presse – 26/05/2020)

(Fonte: Zero Hora – ANO 56 – N° 19.723 – 27 DE MAIO de 2020 – TRIBUTO / MEMÓRIA – Pág: 27)

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