Sharon Jones, cantora de soul americana, líder dos Dap-Kings

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Uma das grandes vozes da soul music

A cantora Sharon Jones e os Dap-Kings - (Foto: Divulgação)

A cantora Sharon Jones e os Dap-Kings – (Foto: Divulgação)

 

Artista ficou famosa apenas depois dos 40 anos; antes, foi carcereira.

 

Cantora de soul Sharon Jones (Foto: Divulgação/Cole Haan)

 

Sharon Jones (North Augusta, na Carolina do Sul, em 4 de maio de 1956 – Cooperstown, Nova York, 18 de novembro de 2016), cantora de soul americana, líder dos Dap-Kings

A cantora de soul Sharon nasceu na Georgia, nos Estados Unidos, em maio de 1956. Cantora desde criança nos corais de igreja das missas dominicais, Jones atingiu a fama depois dos 40 anos. Ela foi descoberta em meados dos anos 1990, ao fazer os vocais de apoio em uma apresentação do cantor Lee Fields. A cantora também fez participações em shows e álbuns de Lou Reed, David Byrne e Fat Boy Slim. Em 1996, lançou seu primeiro álbum.

 

Trajetória

Sharon Jones nasceu na Georgia, nos Estados Unidos, mas ainda criança se mudou para Nova York,  onde cresceu ouvindo Stax, Motown e James Brown. Nos anos 70,  cantou em igrejas e fez shows locais, como backing vocal de bandas de funk e disco, além de apresentações solo. Mas não conseguia se estabelecer na indústria da música por conta de preconceito por ser “negra e gorda”, segundo palavras da própria em entrevistas.

Aos 25 anos, decidiu procurar outros rumos e, aos 30,  foi ser carcereira na penitenciária de Ryker’s Island, em Nova York, onde trabalhou por dois anos. Depois, tornou-se segurança de carro-forte do Well’s Fargo Bank, também na cidade.

Só em 1996 produtores da Desco Records a descobriram. Era para ela ser uma das três backing vocals da banda Soul Providers, que se tornou a Dap-Kings, mas Sharon Jones sugeriu cantar sozinha e deu certo. Seu som chamou a atenção de Amy Winehouse, que chamou a banda para tocar no disco “Back to Black”, que completou 10 anos. A partir daí, sua carreira decolou de vez, fazendo parcerias com Lou Reed, David Byrne e Fat Boy Slim.

 

Enquanto o reconhecimento não chegava, a cantora se virava como podia. Tanto que, por alguns anos, foi conhecida como “oficial Jones”, enquanto trabalhava como guarda na prisão da Ilha Rikers, em Nova Iorque.

Sem saudade da prisão
Ela afirmou, que não sentia falta dos dias em que trabalhou como segurança de um carro forte. “A época me ajudou muito a me tornar a mulher que sou hoje, me ajudou a crescer e sou muito grata. Mas eu nunca me peguei pensando ‘nossa, quem me dera ainda ser guarda de prisão'”, disse, rindo.

A cantora, que se apresentava com a banda The Dap-Kings, nasceu em North Augusta, na Carolina do Sul, em maio de 1956, a caçula de uma família de seis irmãos, mas cresceu no efervescente Brooklyn nova-iorquino. Sua carreira começou cantando na igreja e em shows de talentos. Para garantir seu sustento enquanto não decolava na música, chegou a trabalhar como agente penitenciária e segurança de banco.

Um de seus primeiros trabalhos importantes foi como cantora de apoio do lendário Lee Fields. A única das três cantoras convocadas para a sessão de gravação a efetivamente aparecer no estúdio, Sharon gravou todos os vocais, impressionando Gabe Roth e Philip Lehman, das já extintas gravadoras Pure Records e Desco Records, que a contrataram.

Sua tão almejada decolagem, aliás, aconteceu relativamente tarde. Sharon lançou seu primeiro single, “Damn it’s hot”, em 1996, quando já tinha 40 anos. Seis anos depois, a Sharon Jones & The Dap-Kings lançaram seu primeiro álbum, “Dap dippin'”.

Em pouquíssimo tempo, Sharon e a banda construíram uma reputação tanto pelos incendiários shows ao vivo, quanto pelas muitas gravações em tão pouco tempo de carreira profissional. “Quem já viu Sharon ao vivo sabe que, apesar de ter cerca de 1,5 metro, ela é uma gigante no palco, um dínamo que gera uma corrente contínua de soul, apoiada pelo groove funky dos Dap-Kings (banda que Sharon emprestou para Amy Winehouse gravar seu consagrador “Back to black”)”, disse o crítico Carlos Albuquerque quando do lançamento de seu último disco.

Em 2013, a cantora anunciou que havia sido diagnosticada com câncer no canal biliar, ainda na fase 1, e submetida à cirurgia. A doença adiou o lançamento de seu sexto e último álbum de inéditas ao lado dos Dap-Kins, “Give the people what they want”, que saiu apenas no ano seguinte e foi indicado ao Grammy — pela primeira vez em sua carreira. A doença avançou, e Sharon também descobriu um câncer pancreático. Após submeter-se a uma nova cirurgia, a cantora passou por sessões de quimioterapia.

Cantora Sharon Jones lutava contra um câncer (Foto: Divulgação/Cole Haan)

Cantora Sharon Jones lutava contra um câncer (Foto: Divulgação/Cole Haan)

 

No início de 2016, a cantora foi tema do documentário “Miss Sharon Jones!”, que relembra sua trajetória incomum até se tornar “a versão feminina de James Brown”, como costumava ser chamada. Em outubro de 2016, escalada para cantar no festival South By Lawn, o primeiro promovido por Barack Obama na Casa Branca, Sharon precisou cancelar o show devido a uma pneumonia.

 

Sharon Jones em imagem de arquivo (Foto: Flavio Moraes)

Sharon Jones em imagem de arquivo (Foto: Flavio Moraes)

 

Sharon Jones morreu em 18 de novembro, aos 60 anos. A cantora travava uma batalha contra o câncer. Sharon Jones morreu depois de uma batalha heroica contra o câncer pancreático.

Em 2015, quando passou pela segunda e última vez pelo Brasil, Sharon Jones acreditava estar livre da doença.

— Muito da minha cura tem a ver com os meus fãs. Recebi o diagnóstico logo depois do meu aniversário de 57 anos, e achava que não chegaria aos 58. E cá estou eu, acabando de completar 59! — disse ela ao GLOBO na época. — Depois daquela noite (em que recebeu a notícia sobre a enfermidade), achei que não ia mais conseguir me apresentar, dar às pessoas o que elas queriam.

(Fonte: http://oglobo.globo.com/cultura/musica  – CULTURA – MÚSICA /POR O GLOBO – 19/11/2016)

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(Fonte: Zero Hora – ANO 53 – Nº 18.627 – 21 de novembro de 2016 – TRIBUTO – Pág: 35)

(Fonte: http://g1.globo.com/musica/noticia/2016/11 – MÚSICA – Do G1, em São Paulo – 22/11/2016)

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